Os cem dias do governo Donald Trump nos EUA e o Brasil estarão em debate durante simpósio que acontece nesta quarta-feira (14/05), na Faculdade de Direito da USP, em dois períodos. A partir das 17h, acontece a mesa “Guerra Comercial: Brasil no Tabuleiro EUA-China”; e, às 19h, será a vez de “Tarifas, Poder e Futuro: Governo Trump e o Brasil”.
Desde que assumiu o governo, em 20 de janeiro de 2025, tem feito um alvoroço externo e interno, tomando medidas que (muitas vezes) afrontam o sistema financeiro e o próprio sistema democrático.
Entre alguns dos temas a serem debatidos, o presidente dos EUA intensificou a rivalidade com a China, elevou tarifas, desafiou instituições multilaterais e reacendeu dilemas sobre a posição brasileira no mundo.
Nessa direção, especialistas estarão debruçados sobre quais as melhores saídas para o Brasil. A primeira mesa terá Jacques Marcovitch (FEA-USP) e Roberto Borghi (IE-Unicamp). Em debate, o contexto de transformações em escala global, origens das decisões tomadas pela presidência norte-americana, seus desdobramentos para as relações internacionais e para o Brasil.
Por conseguinte, a segunda rodada reunirá Fernanda Magnotta (FAAP), Filipe Figueiredo (Xadrez Verbal) e Guilherme Casarões (FGV).
“Tarifas, poder e futuro: governo Trump e o Brasil” irá analisar as implicações da nova administração Trump (2025–2029) para o Brasil, especialmente diante da crescente rivalidade geopolítica/estratégica entre Estados Unidos e China. Serão discutidas as políticas adotadas pelo governo Trump no cenário internacional, com ênfase na disputa por poder e influência global, e estratégias que o Brasil pode adotar para lidar com esse ambiente em transformação.
Por sua vez, “Guerra Comercial: Brasil no Tabuleiro EUA–China” buscará analisar questões como o choque tarifário e seu impacto imediato sobre as cadeias globais de valor; Quais os instrumentos jurídicos, econômicos e políticos podem ser mobilizados, no âmbito do direito comercial internacional e das políticas industriais, para proteger setores estratégicos e reconstruir capacidades produtivas nacionais frente a um cenário de crescente unilateralismo, e demais.