Uma das referências no Direito Penal, um dos principais juristas do País. A história de Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça no primeiro governo Lula, presidente da Conselho Federal da OAB, tem vários capítulos a serem contados. Desde alguns pontos marcantes, como nos anos 1970, quando começou a atuar na OAB.
Nesse período de regime exceção e forte repressão política, aproximou-se dos movimentos sociais e passou a defender os metalúrgicos do ABC, época em que conheceu o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva. Nas décadas seguintes, atuou na acusação dos assassinos de Chico Mendes, teve papel de destaque na Constituinte de 1987–1988.
Relatos de profissionais desse jurista que pontuaram mudanças históricas que ele imprimiu no Ministério da Justiça, uma raridade para um país que não tem o hábito de pensar a máquina pública, mesmo diante de políticas de sucesso, estão contados no livro “O Ministro que Mudou a Justiça”, que terá sessão de autógrafos com os organizadores da obra: os criminalistas Pierpaolo Cruz Bottini, professor da FDUSP, Sônia Ráo, Celso Vilardi e Maíra Salomi, e os comunicadores Mario Cesar Carvalho e Tonico Galvão. O evento ocorre na Sala Visconde de São Leopoldo da SanFran, a partir das 18h30.
No prefácio, escreveu Lula: “Sua visão profundamente democrática transformou o Ministério da Justiça no que ele chamava de Ministério da Cidadania”. Para ele, Bastos deixou um legado que “continuará a inspirar gerações futuras na luta por um Brasil mais justo e igualitário”.
Um dos artigos, sobre o CNJ, foi escrito pelo ministro Luis Felipe Salomão, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça. Traz também textos de Antenor Madruga Filho, Antonio Cláudio Mariz de Oliveira, Arthur Badin, Augusto Botelho, Beto Vasconcelos, Carolina Yumi de Souza, Dora Cavalcanti, Luiz Armando Badin, Marcelo Behar, Mario Cesar Carvalho, Paulo Lacerda, Pedro Abramovay, Bottini, Sérgio Renault.
Publicado pela editora Civilização Brasileira, o livro tem 192 páginas.