Cerimônia foi conduzida pelo diretor da FDUSP, Celso Campilongo, nos períodos da manhã e noturno
Edição: Kaco Bovi
Os desafios que os recém-formados na Faculdade de Direito da USP irão enfrentar na profissão foram relatados pelo diretor da SanFran, professor Celso Campilongo, durante a colação de grau da turma 2024, nos períodos noturno e diurno. No Salão Nobre lotado por estudantes e familiares, o diretor exaltou alguns dos compromissos desses novos operadores do Direito e ressaltou o sentido de pertencimento à Alma Mater.
Aproveitou para relatar pontos importantes da SanFran, como o fato de estar entre as primeiras do mundo nos rankings mundiais e liderar os índices nacionais e da América Latina, em algumas das medições mais importantes nacionais e internacionais. “Hoje vocês estão recebendo uma escritura definitiva de um pedacinho desse terreno”, disse. E complementou: “É um pedacinho desse condomínio, como diziam os romanos. Nós estamos acumulando condôminos aqui desde 1832, quando se formou a primeira turma. Sejam bem-vindos a este condomínio, recebam a escritura definitiva”.
Para os 183 formandos presentes, coube à estudante Karina Cesana Shafferman ler o termo de juramento. “Prometo que, sempre comprometida com o princípio de honestidade, haverei de desempenhar as funções de meu grau e colocar minha ação a serviço do Direito, à concepção da justiça e à preservação dos bons costumes, nunca faltando às causas da humanidade”, disse.
Ainda em seu discurso, Campilogo lembrou que em 2026 irá completar 50 anos de ingresso na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. “Ingressei nessa faculdade em 1976, ainda em meio à ditadura militar”.” E revelou que seus colegas de turma o procuraram para que possam escrever um livro sobre todos os acontecimentos desde a época de estudantes aos passos seguintes. “Começaram a contar histórias e a celebrar. Daqui pouco isso acontecerá com vocês. E um dos momentos mais importantes desta celebração é exatamente o da colação de grau”, assinalou.
Sobre o presente e o futuro enfatizou os desafios da tecnologia, especialmente quando se trata da inteligência artificial generativa. E observou a necessidade da regulação das mídias eletrônicas. “A geração de vocês e os próximos que virão irão se deparar com os problemas de regulação jurídica e democrática de uma sociedade digitalizada”.”
Lembrou do sentido do pertencimento e da importância do sistema de cotas para levar mais diversidades à universidade. “Essa pluralidade de ideias, ideais e debates só engrandece o ensino. A partir do ingresso de cotistas nessa faculdade ela evoluiu muito”, disse, citando os índices alcançados nos rankings que medem a excelência da educação no país e no mundo. E não deixou de citar personalidades importantes do Direito para a sociedade e para o cenário jurídico.
Por fim, ressaltou: “A casa é de vocês, voltem sempre. Venham fazer pós-graduação. Os estudantes que por aqui passam nunca serão ex-alunos, mas, sim, antigos alunos”.
Matutino
Na parte da manhã, familiares, amigos e formandos lotaram o Salão Nobre da FDUSP para um momento mais do que especial. Todos acompanhando de perto a cerimônia oficial de colação de grau da turma formada no ano de 2024, também conduzida pelo diretor Celso Campilongo. Foram 189 que receberam seus diplomas num total de 384 de ambos os períodos.
No discurso, pautado por emoção, Campilongo lembrou dos compromissos firmados pelos formandos tanto na defesa da justiça quanto da sociedade, bem como com as legislações e com o Judiciário. Aproveitou para elencar alguns pontos da SanFran, a mais antiga e mais tradicional faculdade de Direito do País, que figura entre as melhores do mundo, sendo a primeira do País e da América do Latina, de acordo com os rankings internacionais e nacionais. Em nome dos estudantes coube a Laura Coelho Palma fazer o juramento.
O diretor falou das salas que ficaram abertas para a visita de todos, como a dos professores, da Congregação etc.. Mas pontuou um espaço em especial: a Sala Ada Pellegrini Grinover.
O local, restaurado por meio do Programa Adote uma Sala, guarda uma das relíquias históricas do Século XIX: um tijolo com a chave que representa a “Bucha”, sociedade secreta e filantrópica da então Faculdade do Largo de São Francisco (ainda não tinha sido incorporada à USP), que no período do Império foi influente na formação de uma nova geração de juristas, empresários e políticos republicanos.
Antes de colocar o Capelo na cabeça de cada uma da(o)s formanda(o)s, o diretor lembrou que eles passam a ter uma Alma Mater, uma casa. “E não é uma casa qualquer, nem uma mãe qualquer. Vocês recebem a escritura definitiva de uma parcela de um único pedaço de todo o enorme território brasileiro. É o único pedaço no qual, há quase 200 anos se ensina, se estuda, se aprende, se cultiva o Direito”, assinalou.
“Hoje, quando os estudantes passam a ser profissionais no Direito, tem um futuro em aberto. Assim como o passado da escola que vocês estudaram, o futuro desta escola depende de vocês. É preciso respeitar as tradições. Significa ter muita atenção e muito cuidado com os desafios ou os mistérios que o futuro pode trazer para os egressos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Uma escola pública. Uma escola gratuita e uma escola que tem um dever para com o nosso País”, acrescentou, ao destacar a excelência do estudo oferecido pela FDUSP.
Ressaltou a importância da diversidade e o engrandecimento que o sistema de cotas trouxe para a Universidade. “Vocês são a terceira turma que se forma desde a importantíssima inclusão por cotas. Vocês vêm de uma universidade pública, gratuita, num país que exige um processo de inclusão cada vez mais intensivo. Têm de se dedicar com as ferramentas, as posições políticas que bem entenderem ao enfrentamento deste desafio de termos um país cada vez mais inclusivo”, acrescentou.
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Período matutino: https://encurtador.com.br/CLUF2
Período noturno: https://encurtador.com.br/oetZL
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