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"Somos sobreviventes no sistema", diz Ana Elisa Bechara, na conferência "Discutindo a Igualdade de Gênero no Brasil"

Organizado pela professora Patrícia Iglecias, evento reuniu professoras, estudiosas e representantes da sociedade em torno do debate de gênero

 

Edição: Kaco Bovi

 

“As questões de gênero são prementes na Universidade e precisamos estar atentos a esse tema”. Esse contexto permeou a conferência “Discutindo a Igualdade de Gênero no Brasil”, na Sala da Congregação da Faculdade de Direito da USP, que reuniu professoras, estudiosas e representantes da sociedade em torno do problema presente na maioria das instituições brasileiras e de várias partes do mundo. Na mesa de abertura, as professoras Patrícia Iglecias, superintendente de Meio Ambiente da USP, Ana Elisa Bechara, vice-diretora da SanFran; e Fabi Saad, do SOS Mulher e autora do livro “Mulheres Positivas”.

Entre os debates, a vice-diretora apresentou dados preocupantes, como o fato de o Brasil ser o quinto País no mundo que mais mata mulheres, somente pelo fato de ser mulher. “Isso é horroroso. Uma vergonha. E a gente tem de perguntar o motivo pelo qual isso ainda acontece, sendo que a gente tem tanta lei bem formulada”, assinalou.

“Em pleno Século XI as mulheres não conseguem ser vistas com respeito no Brasil; não conseguem ser vistas como sendo iguais na nossa sociedade”, reforçou Bechara. De acordo com ela, é preciso entender bem o debate para inclusão de gênero. “Somos sobreviventes no sistema”.”

Bechara citou ainda uma pesquisa realizada por um grupo de alunas da Faculdade de Direito, publicada pela ONU, acerca da interação de gênero. O levantamento demonstrou que, apesar de as alunas ingressarem na SanFran com uma liderança natural, aos poucos eram silenciadas. “O mesmo acontecia com a gente (professoras). Enquanto os docentes homens eram vistos pelos estudantes com mais respeito; as docentes mulheres, ou tinham o perfil maternal, ou (quando se impunham) eram chamadas de bruxas, megeras etc.”, observou.

Por sua vez, Patrícia Iglecias relatou o fato de a USP e a Faculdade de Direito terem o propósito de ampliar as pesquisas e trazer a temática para discussão. “Temos os dados por gênero; mas vamos ter de, cada vez mais, pontuar esses dados com recortes sobre a questão racial, por exemplo”, disse.

A docente ressaltou ainda a importância de se debater o tema relacionado a questão climática e no debate mundial (teve como subtema as perspectivas da 68ª Comissão da Mulher da ONU, que ocorre em Nova Iorque). “A ideia é que todas as pessoas devem ter os mesmos direitos”.” Sobre a justiça climática, ressaltou: “As crises climáticas ocasionadas têm demonstrado que as mulheres são as principais vítimas. No tsunami, por exemplo, 70% das mortes foram de mulheres e meninas”.

“O que podemos fazer para mudar essa realidade?”, questionou Fabi Saad, ressaltando aos presentes que a realidade dela não foi diferente de outras mulheres, mas teve de arriscar. “Eu luto pelas mulheres todos os dias da minha vida. Hoje, na minha empresa, tenho sete advogadas mulheres. Vocês podem mudar vidas. Esses números não impactam só as mulheres. E eu digo que todo o meu trabalho, eu tento basear ele em pesquisas”, disse.

Adicionou que o projeto Mulheres Positivas é um movimento que, por meio da tecnologia, busca o desenvolvimento de mulheres. E acrescentou que o prêmio, voltado para uma sociedade mais justa, igual, com diversidade, inspiração e colaboração, busca valorizar as ‘mulheres invisíveis’. “São prêmios para tentar aplaudir a mulher invisível. A mulher que vota, que trabalha e que transforma a sociedade”.”

Na segunda mesa, Rosa Ramos pautou sua fala na 68ª Comissão da ONU Mulheres e nas questões ambientais. Em relação a ONU, algumas coisas devem ser esclarecidas. O tema central foi acelerar a conquista da igualdade de gênero. No meu entendimento, não é acelerar a conquista é a acelerar a própria equidade. Porque conquista, na verdade, a gente tem muito pouco. Precisamos avançar muito. A gente conquistou perto do zero”, destacou. Fez alerta sobre a prostituição infantil de meninas, que deve estar muito relacionada com a pobreza. Dentre os encaminhamentos, citou o protocolo para julgamento sobre perspectiva de gênero

Tathiana Turbian apresentou o foco do trabalho voltado para as mulheres empresárias. “A gente precisa ter política públicas, para fazer com que as coisas aconteçam. Precisamos de regras dentro das empresas, cuidando do bem-estar da mulher”.”

Solange Teles da Silva (Mackenzie), e uma das diretoras do Instituto Planeta Verde, e Claudia Barrirali, doutora pela FDUSP, compuseram a mesa seguinte. “Quais são nossos grandes desafios e quais caminhos seguir para buscar a equidade de gênero?”, questionou Solange, reforçando a necessidade de aumentar os recursos para ampliar a quantidade de pesquisas. “Gostaria de fazer um recorte em relação às políticas de ESG num direcionamento de um mundo mais ético e que promova a conformidade formativa”, acrescentou.

Encerram os trabalhos Fernanda Vick, representante discente da Pós-Graduação; Eduarda Teles Lopes, graduanda pela FDUSP; e Caroline Marques, doutoranda na SanFran.

 

Assista transmissão completa. Discuta, compartilhe: https://encurtador.com.br/DGRZ3

 

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