A quarta rodada da Semana de Etapa de Preparação Pedagógica do Programa de Aperfeiçoamento e Pesquisa da USP, foi pautada por “Interdisciplinaridade e a formação do monitor”. No Auditorio Ruy Barbosa Nogueira, os professores Tamara Gomes (FD Ribeirão Preto da USP); Eduardo Tomasevicius Filho, Direito Civil da FDUSP, e a discente Caroline Marques Leal Jorge Santos se debruçaram sobre sustentabilidade, Direito Ambiental Penal estrutura e demais.
Tamara narrou sua formação na área de irrigação (mestrado, doutorado) e expôs o programa USP Susten, que tem 36 pós-doutores de diversas áreas do conhecimento em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organizações das Nações Unidas (ONU). Usou como recorte a sustentabilidade, com projetos de pesquisa que se voltam à melhoria no sistema da USP.
Entre as ODS da ONU estão erradicação da pobreza, educação de qualidade, cidades e comunidades sustentáveis.
Por sua vez, Tomasevicius Filho relatou as pessoas vocacionadas para a verticalizacão de um tema de pesquisa e outras preferem a abordagem interdisciplinar. “A estrutura universitária estimula a verticalização pela hiperespecialização e departamentalização”, disse.
Expôs sua experiência, iniciada com formação em Exatas (mecânica e eletrônica), e a opção por fazer o curso de Direito. Nessa interdisciplinar fez iniciação cientifica em software; o doutorado, com análise econômica da boa-fé; o mestrado em História na FFLCH sobre história de siderurgia.
Por ter sido conselheiro do Museu Paulista como representante da FDUSP, conclui livre-docência sobre direito do património cultural. Por conta da formação em eletrônica, pesquisa e leciona a disciplina Direito Digital e LGPD na Graduação.
“A interdisciplinaridade abre novas perspectivas e novas abordagens, oxigenando o conhecimento jurídico”, ressaltou.
Caroline contou que os ramos do Direito (Penal, Civil, Ambiental) têm sido repensados e reconstruídos nos últimos anos, por conta da interdisciplinaridade entre os ramos jurídicos (direito civil punitivo, direito penal mínimo) e o direito ambiental na atual sociedade de risco. Destacou que o Direito Civil evoluiu nessa questão, mas ainda tem discussões no âmbito penalista e trouxe observações como perspectivas de prevenção, como situações de epidemia, dengue por exemplo, imputa ao Estado o dever de tomar as medidas necessárias, com base na ideia de prevenção.
Nessa sexta-feira, no Auditório Ruy Barbosa, a semana será encerrada com “Novas tecnologias de ensino em sala de aula”. Na mesa de debates, as professoras Mariângela Gama de Magalhães Gome e Maria Paula Dallari; e a discente Bruna Vieira Esteves dos Santos. A moderação será do docente José Maria Arruda de Andrade.
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Edição: Kaco Bovi