Edição: Kaco Bovi
Mais do que oferecer ensino de qualidade aos milhares de estudantes que se formam todos os anos em suas mais de 40 faculdades, a Universidade de São Paulo incentiva a elaboração de pesquisa, extensão e o desenvolvimento de trabalhos que buscam contribuir para a construção de um País melhor e adequado às suas necessidades em todas as áreas de conhecimento. Unem-se nessa corrente o respeito ao passado e o olhar para o futuro.
Da instituição saem anualmente juristas, médicos, economistas, cientistas, sociólogos, artistas, engenheiros, físicos, jornalistas, químicos, arquitetos e um enorme número de profissionais, para as mais diversas atuações dentro e fora do País.
Aos seus 90 anos que se completam neste 25 de janeiro de 2024, todos envolvidos nesse processo (de funcionários, estudantes, professores, dirigentes, a pesquisadores) sabem que a construção dessa história está em produzir trabalhos (não apenas competir) para continuar a manter a USP entre as cem melhores do mundo e a primeira na América Latina e no Brasil, conforme os últimos rankings. Para isso, precisa continuar sempre em evolução de ensino e pesquisa.
Apenas para ficar no contexto da história recente, foi a Universidade que construiu um dos respiradores para ajudar no combate à pandemia de covid-19. À época o produto estava em falta em grande parte do mundo. Este ponto de corte destaca o significado da instituição no desenvolvimento da ciência. E também na contribuição jurídica, pela Faculdade de Direito, cujos professores trabalharam para abrir caminho para que o equipamento pudesse ser utilizado.
Nessa direção, ressalta o atual Reitor, Carlos Gilberto Carlotti Jr., que aos 90 anos a USP é fruto de seu passado glorioso, mas tem um olhar crítico para o futuro.
Para ele, além de atrair os jovens para a universidade, é preciso modernizar os currículos em todos os cursos. Outro ponto de enfoque está na inclusão dentro da instituição, ampliando a política de ação afirmativa que já existe para estudantes. Por fim, sobre os profissionais, ressalta: “Não basta mais ter um diploma para entrar no mundo do trabalho, mesmo um diploma da USP”.
Nessa trajetória de nove décadas, a FDUSP tem toda uma importância histórica, como destaca o atual diretor, professor Celso Campilongo. A começar por ser a primeira faculdade de Direito a funcionar no Brasil, a lado da de Olinda, com a criação dos Cursos Jurídicos no País, em 1827 (foi incorporada à USP, em 1934, quando da sua fundação). “Isso já confere a nossa Escola uma importância extraordinária”, afirma.
O diretor acrescenta momentos políticos e sociais vividos ao longo desses anos, em defesa e manutenção da ordem jurídica e democrática brasileira, como o enfrentamento à Ditadura Vargas e Militar. E cita como ponto mais recente, a leitura da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros, para frear uma série de ameaças que estavam sendo feitas à Democracia.
Essa contribuição da FDUSP para a história dos 90 anos da USP, no cenário nacional, também está presente em vários momentos, como o fato de que dos 14 presidentes da República que passaram pelos bancos da Universidade de São Paulo, treze terem sido formados pela SanFran. Nessa leitura somam-se ministros, governadores, prefeitos e tantos outros políticos e juristas, como Ulysses Guimarães. Passaram também pela Faculdade, relevantes nomes da cultura nacional, como Oswald de Andrade, Lygia Fagundes Telles, Hilda Hilst e tantos outros.
Para ele, essa universidade pública e gratuita tem um papel fundamental de respeito à sociedade e à cidadania e sempre se fez presente em todas as áreas de conhecimento.
Confira a linha do tempo e outras curiosidades da USP. Reverbere: https://jornal.usp.br/
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