“Todos congregam do espírito de civismo de memória histórica e de relevância em prol do Brasil, ao que importa para a brasilidade. O que faz de todos nós irmãos”, diz Celso Fernandes Campilongo, diretor da Faculdade de Direito da USP, ao receber a outorga do Colar Carlos de Souza Nazareth, comenda concedida pela Associação Comercial de São Paulo.
A comenda foi destinada à FDUSP pelos relevantes serviços prestados tanto à área do ensino jurídico quanto nas questões sociais e na construção democrática do país. Campilongo lembrou ainda que o estandarte, símbolo da SanFran, é o mesmo que aparece em diversas imagens em 1932. “Por isso fizemos questão de trazer esse estandarte à essa cerimônia”, acrescentou.
Durante a leitura das motivações que levaram à homenagem, ficou ressaltado o papel da SanFran como pilar da democracia no Brasil e como instituição-chave no desenvolvimento da Nação.
O 1º vice-presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine (que representou o presidente Alfredo Cotait Neto na cerimônia), assinalou a premiação num “justo reconhecimento às instituições que têm ajudado no desenvolvimento do Estado”. Para adiante, o vice-presidente Samir Nakhle Khoury lembrou que a comenda tem um valor imensurável. “Contém uma história de vida, de um presidente (Nazareth) que lutou pela democracia e acabou sendo exilado. É uma honra conceder essa homenagem, num momento em que o mundo necessita de paz”, acrescentou.
Por sua fala, o presidente da União dos Escoteiros do Brasil, Rodrigo Ramos, ressaltou que os escoteiros do Brasil têm contribuído para a educação de jovens, por meio de um sistema de valores baseado na Promessa e na Lei Escoteira. “É uma honra para nós recebermos essa homenagem. Estamos sempre alerta”, disse.
Representando a Sociedade Veteranos de 1932 (MMDC), Carlos Alberto Maciel Romagnolli lembrou da importância da figura de Carlos de Souza Nazareth na revolução de 1932: “Precisamos preservar os ideais daquela época”.
Dentre as autoridades presentes a professora Edmara de Lima agradeceu ao poeta Paulo Bomfim por não a deixar esquecer dos escoteiros. Ao se referir à memória dos soldados que lutaram em 32, ressaltou que os jovens de hoje desconhecem a história. “Nosso Estado não cultiva a memória de nossos constitucionalistas”, assinalou.
E o advogado Pedro Paulo Penna Trindade declamou poema de Bomfim. Ao passo que Jose Francisco Ferraz Luz, lembrou que por ocasião da Revolução de 32, a esquecida bandeira Paulista foi resgatada. Também compareceu, o advogado Umberto D’Urso.
Da criação
De acordo com os organizadores, o Colar foi criado para reverenciar o Movimento Constitucionalista em 32 e homenagear pessoas e instituições pelos relevantes serviços prestados à sociedade e que se tornaram dignas de públicos e de reconhecimento. Simbolizam a luta pela liberdade e pela construção de futuro digno e justo para o Brasil.
Recebeu o nome do então presidente da ACSP, Carlos de Souza Nazareth, durante a Revolução de 32, marco dos esforços paulistas para construção do Estado e do País.