Reitores da universidade e diretores de unidades relatam importância da diversidade e inclusão
Edição: Kaco Bovi
A oportunidade de docentes e discentes compartilharem experiências, com vistas a garantir o direito à educação de qualidade, bem como o aprimoramento do ensino e a excelência nas salas de aula foram ressaltadas na abertura do 9º Congresso de Graduação da Universidade de São Paulo (22/10), que acontece nos espaços da Faculdade de Direito da USP. Para um Salão Nobre lotado, os dirigentes falaram também de inclusão e pertencimentos, acessibilidade, tecnologia, inteligência artificial e tantas outras questões que envolvem a arte de educar.
Compuseram a mesa de abertura o reitor e a vice-reitora da USP, Carlos Gilberto Carlotti Jr. e Maria Arminda Arruda, Aluísio Segurado, pró-reitor de Graduação; Marcos Neira, pró-reitor adjunto de Graduação; os diretores da FDUSP, Celso Campilongo e Ana Elisa Bechara; o assessor especial da Secretara de Estado de Pessoas com Deficiência (SEDPcD) e professor da FDUSP, Ignacio Poveda Velasco. Entre os presentes diversos docentes e dirigentes da USP, dentre os quais a presidente da Comissão de Graduação, Nina Ranieri; o diretor da FD de Ribeirão Preto da USP, Nuno Morgadinho Coelho, entre outros diretores de unidades.
Ao abrir a rodada de falas, Campilongo acentuou alguns indicadores internacionais (recém-divulgados) que colocam a Universidade de São Paulo e a Faculdade de Direito, e diversas outras unidades, em posição de muito destaque no ensino da Graduação. “Somos a universidade com políticas de inclusão mais eficientes, mais agressivas e mais expressivas do Brasil. “Uma grande universidade faz uma diferença brutal”, afirmou. “É uma enorme alegria para a FDUSP sediar esse evento, um motivo de honra”, acrescentou.
Em seguida, Segurado assinalou se tratar de um momento especial. “É uma ocasião em que nos encontramos para discutir temas da mais alta relevância para o ensino e a formação das novas gerações de jovens, que depositaram na nossa Universidade sua confiança para junto conosco se prepararem para enfrentar os desafios da sociedade contemporânea”, afirmou.
Ele explicou que, para essa edição do Congresso, foi escolhido o tema "Inclusão no Ensino de Graduação". “Como sabemos, a Constituição Federal, em seu artigo 205, reconhece a Educação como direito de todos e dever do Estado e estabelece que deva ser promovida e incentivada em colaboração com a Sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, acrescentou.
Carlotti acentuou que a USP tem atividades extremamente importantes, com um olhar muito especial, com todo o apoio voltado para a Graduação. “Entendo que a forma mais rápida de a população ver as atividades que fazemos na universidade é quando alguém encontra um profissional da USP e é bem atendido, bem servido, é orientado. Isso acaba fazendo com que a sociedade perceba a importância da formação de recursos humanos qualificados que fazemos na universidade”, adicionou.
Aproveitou para citar exemplos alguns exemplos da FDUSP, com a construção de mais um prédio para a Biblioteca e o recém-adquirido edifício do Palácio do Comércio. No âmbito geral ressaltou que todas as unidades estão sendo chamadas a fazer revisão dos currículos. “Não podemos dar a mesma aula hoje que dávamos há 40 anos. Estamos fazendo as mudanças necessárias”. Citou como exemplo a própria formação e a educação continuada dos professores. Para que possa ter oportunidade de conhecer metodologias novas, para que, uma forma continua e planejada.
Débora Cristina Jeffrey, diretora da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp, primeira mulher negra a dirigir uma unidade de ensino, pesquisa e extensão na história daquela Universidade, ministrou a aula de abertura. De acordo com ela, pautas de inclusão e ações afirmativas são os processos mais importantes da atividade da sociedade como um todo. “(nas universidades) São pautas muito próximas, principalmente de inclusão, de diversidade e de ações afirmativas, abrindo espaços da universidade para um processo muito importante de representatividade da população brasileira”.
Ela acrescentou que todos os dias são feitos enfrentamentos com as novas demandas que chegaram a partir das cotas raciais, do vestibular indígena e das cotas PCDs, caminhando para o debate das cotas trans. “Esperamos que consigamos isso (cotas trans) no próximo ano”.
O evento contou ainda com apresentação da Orquestra de Câmara da USP.
A transmissão pode ser conferida no canal do YouTube da FDUSP: faculdade_de_direito_da_usp
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