O trabalho conjunto entre a Comissão de Pós-Graduação da Faculdade de Direito e a Pró-Reitoria de Pós-Graduação da USP foi destacada durante a Recepção às Calouras e aos Calouros, no Auditório Ruy Barbosa Nogueira. Em seu segundo dia (21/03) recebeu Márcio de Castro Silva Filho e Niels Câmara, pró-Reitor e pró-Reitor adjunto, respectivamente, para debater a “Pós-Graduação na USP e o papel das ciências sociais aplicadas”.
Observados pelo diretor da FDUSP, Celso Fernandes Campilongo, estudantes e professores, como Ana Maria Nusdeo, os expositores apresentaram dados e demonstraram os caminhos a serem traçados para o aprimoramento futuro e profissional. A mesa foi complementada pelos presidentes da Comissão da SanFran, Gustavo Monaco e Juliana Krueger Pela, que nesta quarta-feira (22) apresentam “Exame de qualificação: o que é e o que esperar dele”, no mesmo auditório.
Em sua fala Márcio de Castro ressaltou que a USP atingiu um nível de excelência nunca obtido. “O conceito que estamos implantando na universidade é menos conteúdo e novas habilidades de competências na formação docente”, disse.
Destacou que a Pós-Graduação no Brasil é muito recente e ainda exige aprimoramentos. “Se olharmos o Brasil como um todo, a pós foi estruturada em 1965. Se compararmos a outras universidades do mundo, saberemos que a nossa iniciou muito tarde”, acrescentou.
Por conta disso, ainda está em um processo de expansão, enquanto outros países já consolidaram seus processos. De acordo com ele, o Brasil, ainda que diante desse início tardio, alcançou resultados bastantes expressivos na produção de conhecimento, na 13ª posição mundial.
Quanto aos dados, a USP tem a maior pós-graduação brasileira, com 264 programas de excelência. Sendo que 19% de todos os professores do Brasil tiveram alguma formação na Universidade de São Paulo, que já chegou a formar 50% dos doutores do Brasil.
“Vocês imaginem o papel que a universidade tem na formação e na atuação da pós. São quase 170 mil títulos de dissertação e de teses”, assinalou. Entre outros pontos, observou a demora do brasileiro em fazer um doutorado, ingressando com mais de 40 anos, enquanto em outros países a média de idade está pouco acima dos 30 anos. Ressaltou a necessidade de encurtar esse tempo.
Direcionamento
Por sua fala, Monaco enfatizou o cuidado da pós no âmbito da universidade de São Paulo e pelo país. “Temos visto uma preocupação cada vez maior dos nossos docentes no sentido de que seus orientadores possam dar esse direcionamento das pesquisas voltado para as necessidades da sociedade brasileira”, afirmou.
Niels assinalou a ideia de misturar áreas para que o conhecimento de uma possa qualificar a outra. “A pró-Reitoria é esse instrumento para que vocês façam uma pós extremamente enriquecedora”, acredita. “A gente recebe muitas demandas (ela nasce de vocês) e é aprimorada por nós e volta para vocês.”.
Juliana Krueger lembrou que os estudantes da Pós têm acesso a um mundo de possibilidades. “Esse período passa muito rápido e vocês devem ter consciência de que podem aproveitar diversas oportunidades. Isso enriquece e amplia os conhecimentos, a experiência pessoal e melhora a qualidade da tese”, adicionou.
O Auditório Ruy Barbosa Nogueira fica no segundo andar do Prédio Histórico. Largo de São Franscisco, 95, Centro-SP.
Confira a transmissão. Compartilhe: https://youtu.be/uqHezIeBWSA
Edição: Kaco Bovi
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