
Painéis com fotos e textos explicativos podem ser conferidos no hall do primeiro andar
Alguns momentos da trajetória da bicentenária Biblioteca da Faculdade de Direito da USP, anterior à própria criação dos Cursos Jurídicos no Brasil, são contados por meio de painéis em exposição no saguão do primeiro andar da FDUSP. Aberta ao público em geral a mostra apresenta fotos e textos que apresentam a construção do acervo e os passos que foram traçados ao longo desses mais de 200 anos, com obras que remontam ao século XVI.
A abertura contou com a presidente do Museu, Ivette Senise Ferreira (primeira diretora mulher da FDUSP); os diretores da FDUSP, Celso Campilongo e Ana Elisa Bechara; a diretora da Biblioteca, Maria Lúcia Beffa; ladeados por professores, autoridades, estudantes e funcionários da SanFran. Explicaram o conteúdo e o significado da mostra.
Antes do descerramento do painel de apresentação, Campilongo abriu as falas agradecendo a todos presentes e aos que estiveram envolvidos no processo de realização do trabalho, desde a curadoria do que seria apresentado até o trabalho dos arquitetos na finalização. “Os bibliotecários, as bibliotecárias amam os livros e amam a própria faculdade”, disse. “Uma boa Faculdade de Direito depende de uma ótima biblioteca”, adicionou.
“A Biblioteca é uma das razões decisivas para que a Faculdade de Direito fosse instalada aqui. Neste espaço, já existia uma biblioteca”, lembrou. Olhando para o futuro, o diretor falou da construção do novo prédio na Rua Riachuelo, para oferecer ainda mais infraestrutura. “Já sonhávamos com esse edifício antes começar a construção”.”
Assinalou que a biblioteca conta com o maior acervo jurídico do Brasil. “Aqueles cinco mil livros iniciais se transformaram em mais de 500 mil e muitas pessoas ainda continuam contribuindo com essa evolução, doando, muitas vezes suas bibliotecas particulares, com obras de autores nacionais e estrangeiros”, disse.
Ivette Senise destacou o trabalho da Comissão que a preparou todo o material para tornar possível a exposição. “E o Museu não poderia ficar fora dessa comemoração que traça as festividades do bicentenário da própria da Biblioteca, da Faculdade de Direito e da própria fundação dos cursos jurídicos no País”.”
Para ela, a biblioteca é a joia da coroa da faculdade. “Ela é a alma mater desta instituição, porque é a partir dela que nós existimos. E é a partir dela que progredimos no tempo”, acredita.
Ivette enalteceu o trabalho realizado pelos funcionários da Biblioteca, agradecendo a todos em nome da Beffa e do bibliotecário Sérgio Novaes. E das professoras Heloísa Barbuy, Maria Cristina Carmignani e Samuel Barbosa que contribuem com o engrandecimento do Museu e da Faculdade.
Ana Elisa reforçou o amor que professores, funcionários e estudantes têm pela biblioteca, local onde podem estudar e realizar suas pesquisas tanto para a Graduação quanto para a Pós-Graduação. A vice-diretora assinalou a importância da exposição. “Tudo é um trabalho conjunto e hoje a gente vê todo esse resultado, aqui”. Adiante, elogiou os funcionários que diariamente dedicam amor e carinho a este espaço de saber.
“Quando a gente era aluna, aqui na faculdade, a gente não sabia nada da faculdade, mal conhecia as histórias da faculdade e não tinha essa consciência da importância que é a nossa biblioteca e de quando ela foi fundada ou o que aconteceu. E, agora, a gente tem o privilégio de ter essa consciência de conhecer esses fatos”, acrescentou.
Falou ainda do primeiro bibliotecário, José Antônio dos Reis, um negro, que integrou a turma inaugural de Direito da São Francisco, da qual se tornou o melhor aluno, agraciado com medalha. “Quantos fatos importantes. Outro dia tivemos a visita do ex-presidente José Sarney e ele queria conhecer a biblioteca. Que as franciscanas e os franciscanos tenham cada vez mais orgulho”.
Beffa também agradeceu a equipe da biblioteca. De acordo com ela, somente com esse time tão esforçado e dedicado conseguem dar conta de tanta demanda. “Uma equipe com 30, 40 anos de dedicação. Mas quero me dirigir a um grupo especial, que são os alunos. Fico muito feliz de olhar e ver esses alunos, porque tudo que fazemos é para ir passando esse legado de história”.
Edição: Kaco Bovi
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