Um dos principais juristas do Brasil que deixou como legado ter aprimorado significativamente a Justiça, criando e aperfeiçoando uma série de instituições, tanto como advogado e dirigente à frente da Ordem do Advogado Brasil quanto ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos foi homenageado (28/11), na Faculdade de Direito da USP. O lançamento do livro “O ministro que mudou a Justiça”, para marcar os dez anos de sua morte, em 20 de novembro de 2014, reuniu diversos amigos que acompanharam sua trajetória, com ele trabalharam e atuaram.
Para os presentes e para os organizadores da publicação Bastos não apenas mostrou a importância do advogado criminal, mas ajudou a manter a democracia brasileira. “Todos nós nos inspiramos no Márcio”, disseram, observados por sua filha Marcela Bastos
Entre os discursos ressaltaram que o jurista participava dos grandes debates políticos no país e por meio da Justiça pôde fortalecer o Judiciário. Entre os presentes que contribuíram para a publicação, estiveram os organizadores Pierpaolo Cruz Bottini (professor na FDUSP), Maíra Salomi, Mario Cesar Carvalho, Sonia Ráo, Tonico Galvão e Celso Vilardi.
Também estiveram presentes o diretor da FDUSP, Celso Campilongo, o ex-diretor-geral da Polícia Federal (no período de Bastos no MJ) Paulo Lacerda, o advogado Sérgio Renault, as advogadas Dora Cavalcanti, Giovanna Oliveira (estagiária); Júlia Silva Esteves; Ana Carolina Albuquerque de Barros, os advogados Sergei Cobra Arbex e Augusto Arruda Botelho, e diversas autoridades.
“Além de uma pessoa excepcional, Thomaz Bastos tinha um enorme espírito republicano e uma capacidade e vontade de mudar o país. Tive a honra de fazer atuar com ele quando virou ministro. Ele acreditou em um grupo de pessoas para mudar o País”, disse Bottini. “Foi ele que aprovou a reforma do Judiciário e mudou a Polícia Federal”, exemplificou.
Márcia Ráo pautou sua fala com recheios da convivência pessoal com o homenageado. “Muitos de nós aqui tiveram essa sorte, esse prazer de trabalhar perto do Márcio, de poder estar com ele todos os dias. Ele não se alterava com nada, às vezes ele falava que estava bravo, mas a gente não percebia”.”
Maíra falou um pouco de como surgiu a ideia da obra que para eles teve um trabalho muito forte de Tonico Galvão para que acontecesse. “Logo que Bastos faleceu, o Tonico já começou a dizer que deveríamos escrever uma obra para mostrar o legado dele”, acrescentou.
Sérgio Renaut relatou a felicidade de poder ter convivido com o homenageado e a importância do trabalho desenvolvido por ele. “Via nele uma pessoa que sempre esteve voltado para a Justiça, que nasceu para isso”, disse.
Paulo Lacerda ressaltou ter tido a oportunidade de ter estado ao lado de Thomaz Bastos em duas de suas histórias, como advogado criminalista e como ministro. “Como advogado criminalista, e eu delegado da Polícia Federal, trabalhava muito com crimes financeiros, o combate à corrupção, durante muitos anos. Depois, quando ministro, ele me impressionava muito pela serenidade”, afirmou.
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