Evento acontece na Faculdade entre os dias 10 a 12 de julho e reúne atores envolvidos na produção e implementação de agendas acadêmicas e de justiça racial na América Latina
A Faculdade de Direito da USP abre suas portas, de 10 a 12 de julho, para um dos mais importantes eventos de pertencimento e inclusão em nível mundial. A instituição abrigará o Terceiro Encontro Continental de Estudos Afro-Latino-Americanos do ALARI, que busca promover o campo acadêmico dos Estudos Afro-Latino-Americanos, por meio de diálogos entre os atores envolvidos na produção e implementação de agendas acadêmicas e de justiça racial na América Latina.
A organização é da Afro-American Research da Universidade de Harvard, da University Consortium for Afro-Latin American Studies, e em colaboração com a Universidade de São Paulo, e o Institute for Afro-Latin American Research do Hutchins Center.
Durante os três dias em que mais de 1.300 pessoas estarão reunidas, nos espaços (mais de 20 salas e todos os auditórios) da Faculdade do Largo de São Francisco. Professores, alunos, pesquisadores, acadêmicos, ativistas, artistas e formuladores de políticas públicas, que trabalham com comunidades afrodescendentes na América Latina, terão a oportunidade de apresentar seus trabalhos.
Para o diretor, professor Celso Campilongo, será um momento especial para a mais tradicional e mais na antiga academia de Direito do País. “Este congresso é recorde de público dentro da Faculdade de Direito quando falamos deste tipo de evento”, observou.
Um dos organizadores do evento, o professor Paulo Henrique Pereira, presidente da Associação dos Antigos Alunos da FDUSP, ressalta que será a primeira vez que esse Congresso se realizará fora do campus de Harvard, em Cambridge, Massachusetts. “É uma honra que eles tenham escolhido a Faculdade de Direito como sede. Serão centenas de pesquisadores de todos os continentes, que se reunirão para o maior congresso mundial de assuntos afro-latino-americanos”.
De acordo com ele, a temática reforça o compromisso da comunidade com a inclusão, e a investigação das raízes de alguns dos mais complexos problemas do Brasil e do continente. O docente será um dos expositores.
A SanFran contará ainda com palestra da professora Sênior Eunice Prudente no painel “Direito e relações raciais e desigualdades no Brasil: Reflexões para a implementação de uma educação jurídica antirracista”. A docente tratará de “Liberalismo à brasileira - escravização de pessoas. Racismo - pobreza geracional.”
Entre os temas propostos ao debate estão “Gênero e Feminismo na América Latina”; “Movimento Afrodescendente e Mobilização Negra”; “Representação Política, Governo e Políticas Públicas”; “Escravidão transatlântica e tráfico negreiro”; “Raça e Racismo”, “Educação”; “Direito”; “Saúde pública. Reforçam ainda as discussões sobre “Desigualdades”; “Artes Visuais Afro-Latino-Americanas”; “Literatura Afro-Latino-Americana”; “Cultura Afro-Latino-Americana”; “Arqueologia Afro-Latino-Americana”; “Relações Afro-Indígenas”; “Estudos Afro-Latinx e Herança Cultural Comunitária nos EUA” e “Religiões Afro-Latino-Americanas”.
Os envolvidos no projeto explicam que o campo dos Estudos Afro-Latino-Americanos, conforme definido no livro “Afro-Latin America: An Introduction”, é entendido como o estudo dos afrodescendentes na América Latina, bem como o estudo das sociedades mais amplas nas quais essas pessoas vivem. Dessa forma, o campo prospera com contribuições de uma variedade de disciplinas como antropologia, sociologia, história, etnomusicologia, estudos literários, arte e história da arte, estudos religiosos, economia, direito e ciência política.
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