A FACULDADE
GRADUAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
CULTURA E EXTENSÃO
PESQUISA
COOPERAÇÃO ACADÊMICA
DOCENTES
NOTÍCIAS
REVISTAS
OUVIDORIA
FALE CONOSCO
INTRANET
DEPARTAMENTOS
A FACULDADE
HISTÓRIA
ORGANIZAÇÃO
SER FRANCISCANO
DIVERSIDADE
MUSEU E ARQUIVOS
MAPA DA FACULDADE
GALERIA DE IMAGENS
LEGISLAÇÃO
COMUNICADOS/PORTARIAS
LICITAÇÕES
VESTIBULAR
EDITAIS
GRADUAÇÃO
A COMISSÃO
NOTÍCIAS
DOCENTES
GRADE HORÁRIA
MAPA DE PROVAS
TCC
ESTÁGIOS
DIPLOMAS ESTRANGEIROS
EDITAIS
FORMULÁRIOS
LEGISLAÇÃO
PÓS-GRADUAÇÃO
PÁGINA INICIAL
CALENDÁRIO
DISCIPLINAS CREDENCIADAS
LINHAS DE PESQUISA
PROJETOS DE PESQUISA
CULTURA E EXTENSÃO
A COMISSÃO
NOTÍCIAS
CURSOS
ATIVIDADES ACADÊMICAS
COMPLEMENTARES
FORMULÁRIOS
LEGISLAÇÃO
PESQUISA
A COMISSÃO
NOTÍCIAS
INICIAÇÃO CIENTÍFICA
GRUPOS DE PESQUISA
PÓS-DOUTORADO
LEGISLAÇÃO
COOPERAÇÃO ACADÊMICA
CCinN-FD - A Comissão
NOTÍCIAS
BOLSAS
CONVÊNIOS
PITES
CÁTEDRA UNESCO
LEGISLAÇÃO
DOCENTES
Projeto Memórias
Projeto Memórias

"A Faculdade tem de se manter na linha de frente do ensino jurídico, da preparação profissional, da atuação social e política", diz Ivette Senise

Professora Ivette Senise, primeira mulher diretora da FDUSP, foi entrevistada no Projeto Memórias, parceria com a Fundação Arcadas

 

É impossível falar da Faculdade de Direito da USP sem apontar como um marco de toda sua história a trajetória da professora Ivette Senise, docente de Direito Penal e a primeira diretora mulher da mais antiga e mais importante Academia Jurídica do País.

O pioneirismo de Ivette está gravado no Projeto Memórias, uma parceria da Fundação Arcadas com a FDUSP que tem por objetivo preservar a história institucional por meio de depoimentos dos docentes que ajudaram (e ajudam) a alicerçar o destaque da SanFran no cenário jurídico-acadêmico.

Na conversa, a ex-diretora e professora Sênior é entrevista pela docente Mariângela Gama de Magalhães Gomes (Direito Penal-FDUSP). Fala sobre os tempos de infância, de estudante, do amor pelo Direito Penal, da docência, passando pela diretoria e os dias pós-direção na instituição.

Apesar de ter nascido em Catanduva, se diz muito mais paulistana por ter vivido desde criança na capital paulista. “Foi aqui que cresci, vivi, morei e sempre trabalhei.” Disse ter feito o vestibular juntamente com o professor José Afonso da Silva, Direito Constitucional da SanFran. “Eu tive o José Afonso como meu colega no vestibular, o que foi muito agradável porque iniciamos uma amizade já nessa fase”.”

Ainda estudante, Ivette advogou (como solicitadora acadêmica, permissão da OAB para advogar como estagiária) e teve a oportunidade de prestar serviços na Penitenciária Feminina do Carandiru. “Fazia assistência jurídica para as detentas que se consideravam um pouco afastadas da defesa jurídica normal da Penitenciária. Solicitaram que tivesse uma pessoa mais próxima delas e fui atender”, afirmou.

Sobre o ambiente universitário rememorou que eram pouquíssimas mulheres quando estudou (de 1953 a 1957), época, porém, marcada pelo aumentado no interesse pela profissão. “Éramos um grupo de 300 alunos; entre eles, umas 50, 60 mulheres. Todas tinham interesse nas questões da Justiça. Fomos ocupando nossos espaços”, recordou, citando, ainda, a primeira mulher a lecionar na FDUSP: Esther de Figueiredo Ferraz.

No bate-papo abordou ainda a tese de titularidade, quando começou a se interessar pelo Direito Ambiental. “Nessa época, na década de 1970, começaram as preocupações com os temas ecológicos, os temas ligados à proteção ambiental. Porém, a lei elaborada na ocasião deixava de lado uma questão muito importante que era o patrimônio cultural. Somente se questionava para a parte do meio ambiente físico”, acrescentou.

Entre algumas das atuações na Faculdade, Ivette foi também chefe do Departamento do Direito Penal. “Foi uma época bastante trabalhosa”.

No momento em que assumiu a Diretoria, em agosto de 1998, citou um marco significativo: “Eu tinha sido eleita diretora, a Odete Medauar continuava como vice (para o cargo de vice iria ser feita uma nova eleição) e, pela primeira vez na história da Faculdade, uma mulher havia sido eleita presidente do Centro Acadêmico XI de Agosto (Andrea Mustafa). Éramos três mulheres que, em agosto de 1998, estavam no comando da Faculdade.

Sobre as obrigações do cargo, brincou: “Não senti como encargo porque sempre fui muito mandona. Não alterou nada, continuei mandando”. Adiante, enfatizou que que foi resolvendo os problemas e as demandas. “Tive muito apoio do Reitor da USP”.”

Acrescentou, ainda, ter tido muita visibilidade com o cargo de diretora, porque a faculdade sempre foi considerada a melhor do País, sempre foi um repositório de ilustres figuras da política, da literatura, do Direito. “Daqui saíram grandes nomes, uma faculdade de grande renome, inclusive no Exterior. Ter sido a primeira mulher diretora me acrescentou um pouco mais”, assinalou, relatando outros cargos que assumiu, inclusive a vice-presidente da OAB-SP (chegou a ser presidente por vários meses, por conta de uma licença do então presidente Marcos da Costa). “Foi uma carreira que fiz como diretora, conselheira, diretora da Escola Superior de Advocacia”, disse.

Quanto à Faculdade, contou sobre a presidência da Comissão do Museu, cargo que ocupa atualmente. “Esse museu existia em teoria”, disse, reforçando que um livro escrito pela professora Heloisa Barbuy, contando toda a história da Faculdade, a incentivou para uma atuação mais forte no Museu. “Reformamos a sala que era ocupada pela vice-diretoria da Faculdade, transferimos os quadros da diretoria e começamos a preparar exposições que temos organizado há mais 20 o histórico anos, ininterruptamente”.”

Questionada de como enxerga o papel e a importância da Faculdade, nos dias atuais, ressaltou que a instituição tem de se manter na linha de frente do ensino jurídico, da preparação profissional, da atuação social e política, porque esse foi o papel dela. “Tem de continuar estimulando todas essas diretrizes e se acomodando aos novos tempos”, ponderou, citando a Inteligência Artificial e os avanços tecnológicos como desafios a serem vencidos, para que a FDUSP continue no rumo certo.

 

Edição: Kaco Bovi

 

Assista, discuta, compartilhe: https://youtu.be/BEyjBzjBbf8?si=gEXSEl0j_pU-Wk9N

 

#fdusp #direitousp #direito #usp #direitopenal #diretoria #projetomemorias #memorias

 

 

Projeto Memórias

O Projeto Memórias foi concebido em 2024 como uma parceria entre a Faculdade de Direito da USP e a Fundação Arcadas visando a preservar visualmente a história da Instituição por meio do depoimento de seus professores sêniores, que ajudaram no passado recente a alicerçar seu destaque no cenário jurídico-acadêmico, o que ocorre ao longo de quase dois séculos. O Projeto buscou também preservar certo grau de intergeracionalidade por intermédio dos entrevistadores, predominantemente docentes que hoje se encontram em plena atividade acadêmica.

O foco é conhecer melhor a relação de cada um desses docentes com a Faculdade, seja enquanto aluno, caso tenha sido, seja como professor de destaque dos cursos de Graduação e Pós-Graduação ministrados, e como gestor da Instituição, se isso tiver ocorrido. Por meio de seu depoimento busca-se identificar como era o ambiente acadêmico de sua época de aluno ou de docente, seus relacionamentos com os demais componentes da Faculdade, alunos, servidores e demais professores, e as relações pessoais daí decorrentes.

Os depoimentos dos docentes permitirão que a sociedade conheça um pouco mais da história recente desta Faculdade, que possui o destaque ímpar de ter tido dentre seus alunos 13 presidentes da República, o que é um legado à história brasileira. Além disso, muitas das teorias jurídicas disseminadas no Brasil tiveram sua gênese nesta vetusta Academia, várias delas criadas ou veiculadas pelos docentes que fazem parte do Projeto.

Por meio desta iniciativa, a Diretoria da Faculdade de Direito e a Diretoria da Fundação Arcadas buscam recuperar e preservar parte da recente memória jurídico-acadêmica nacional.

 

Diretoria da FDUSP

Celso Campilongo

Ana Elisa Bechara

 

Diretor-Executivo da Fundação Arcadas

Fernando Facury Scaff

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Faculdade de Direito - Universidade de São Paulo
Largo São Francisco, 95
São Paulo-SP
01005-010
+55 11 3111.4000