Edição: Kaco Bovi
Uma extensa salva de palmas em homenagem ao professor José Reinado de Lima Lopes, Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da USP, finalizou os trabalhos do seminário “O bicentenário da Constituição do Império do Brasil (1824-2024), as histórias das origens do constitucionalismo brasileiro”. Foram quatro dias de trabalho com palestras de professores da FDUSP e de outras instituições, juristas e demais convidados.
Na mesa de apresentação da publicação, estavam o homenageado, o diretor da SanFran, Celso Campilongo, o professor Ronaldo Porto Macedo Jr., chefe do Departamento; Ariel Engel Pesso e Luiz Felipe Roque, coordenadores da obra, em conjunto com o docente Rafael Mafei, que estava na plateia. Entre os presentes, professores do DFD e de outros departamentos da FDUSP.
“Teve gente que me disse: ‘faça como no Oscar, levante o livro e diga muito obrigado’”, brincou José Reinado, que falou de justiça e democracia. “Essas duas coisas fundamentais são unidas pela comunhão. Os problemas da democracia são os problemas de quem deve ser incluído, que espécie de comunhão as constituições das diversas cidades criam”, acrescentou.
Ele emendou sua fala com um outro tema chave, “a segunda grande virtude social para Aristóteles, que é tratada, depois da Justiça, na ética, que é a amizade”. E acrescentou: “Ele diz: ‘que uma cidade para se manter, precisa de koinonia e tem de ter uma espécie de filia (amizade física). Se não houver isso, a cidade não se sustenta. Infelizmente para nós, no Brasil em particular, mas em toda parte estamos vendo, junto com a crise da democracia, a crise desse sentimento de pertencimento”, afirmou.
Celso Campilongo ressaltou a trajetória de José Reinaldo, como brilhante e importante na Faculdade, no sentido de ter tratado do direito de uma maneira rica, incisiva e minuciosa. “Não apenas nos seus escritos, mas na formação de uma legião de acadêmicos no campo da história do Direito que deixa um exemplo de alguém que desbravou um campo praticamente inexistente”, disse.
Em larga escala, acrescentou como a formação de tradição de pensamento, é um trabalho que a faculdade deve muito ao que fez o professor José Reinaldo ao longo de toda sua carreira. “Acho difícil identificar um ponto que caracterize o trabalho do professor José Reinaldo. Não é um autor focado apenas em uma perspectiva ou em uma bibliografia reduzida. Ao contrário, as preocupações do professor são sempre de abrir um leque de possibilidades no estudo da história do Direito.”.
Por sua fala, Ronaldo Porto Macedo Jr. lembrou do tempo que chegou na Faculdade e foi acolhido por José Reinado. “O professor José Reinaldo ocupa um lugar importante por vários motivos; em primeiro, por ter uma formação muito especial”, ressaltou.
O docente adicionou que ele tem de um lado uma coisa comum que é conciliar uma capacidade de pesquisa teórica com uma experiência prática, como advogado público e como alguém engajado nas questões do Direito.
“Esse livro, com esse título e com essa abrangência de contribuições, sintetiza muito o imenso impacto que o professor José Reinaldo tem tido, teve e (esperamos) continue a ter muitos anos aqui na Faculdade de Direito”.”
Em nome dos coordenadores, Ariel assinalou o etos acadêmico. “Ele (José Reinador) é modelo, um exemplo, gostaríamos de ser igual a ele, em função de tudo que ele escreve e ensina”,disse. “É uma homenagem e diz respeito um pouco à cultura da Faculdade. A gente imaginou reunir gerações acadêmicas, que fizeram parte da vida e trajetória dele”, adicionou.
Confira mais detalhes do livro. Discuta, compartilhe: https://encurtador.com.br/ruvJ8
As transmissões estão no Canal do YouTube do DFD:
https://www.youtube.com/@filosofiaeteoriageraldodir9039
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