A Faculdade de Direito da USP recebeu (23/06) o Programa Reitoria no Campus que tem por objetivo promover reunião entre dirigentes e toda a comunidade para discutir temas de melhorias tanto para o ensino quanto para discentes, docentes e servidores, abarcando o leque de infraestrutura, passando por carreira na instituição, capacitação, treinamento, segurança, saúde, saúde mental e benefícios aos alunos. Dividido em vários blocos, o encontro debateu bolsas de permanência dos discentes, pós-graduação, pesquisa, extensão, pós-doutoramento, internacionalização, interdisciplinaridade e demais.
Os trabalhos foram abertos no Salão Nobre pela vice-Reitora da USP, professora Maria Arminda, pelo diretor da FDUSP e presidente do Conselho Gestor do Quadrilátero da USP, Celso Fernandes Campilongo; e pelos professores Fernando Cunha, Arlindo Philippi Junior e Bruno Caramelli.
Além de respostas às perguntas enviadas pela Faculdade Direito pelos envolvidos no programa, Campilongo e o Reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Jr., receberam (em reunião) alunos-representantes de outras faculdades. Dentre as quais da EACH, da FFLCH, da Medicina, da Saúde Pública e da Enfermagem.
Conversaram sobre melhorias de infraestrutura e contratação de professores. “Recebemos todas as reivindicações. Foram conversas frutíferas”, disse Campilongo.
Na mesa de discussões, no Salão Nobre, esteve em pauta o modelo de gestão. Maria Arminda acentuou que a USP tem características de ser instituição de alto padrão acadêmico científico cultural e caminha na direção de uma instituição cada vez mais inclusiva e acentuou a questão. “Essa é nova universidade que está se estruturando, mas não está totalmente pronta”, afirmou.
De acordo com os palestrantes, foi concluída a avaliação institucional; também está em fase de conclusão a de docentes. “Demanda antiga da universidade”.” Com relação ao trabalho coletivo, Maria Arminda ressaltou a “Reitoria Participativa” e acrescentou as reuniões periódicas nas faculdades para ouvir as demandas. Falou do projeto “USP Pensa o Brasil”, do Centro de Observatório das Instituições Brasileiras, presidido pelo professor Ricardo Lewandowski (DES-FDUSP). “Essa gestão está aberta ao diálogo. Segue o princípio gestões encabeçadas por professores, que (ao término) voltarão para suas salas de aula. Trabalhamos de maneira participativa”, disse, com acréscimo do trabalho de internacionalização e em conjunto com outras universidades.
Caramelli ressaltou a diversidade na universidade, com mais de 50% de mulheres na maioria das faculdades.
Bolsa-auxílio
A professora Anna Lanna, Pró-Reitora de Inclusão e Pertencimento, apresentou alguns dados sobre o auxílio permanência dedicado aos alunos mais vulneráveis, atualmente em R$ 800,00. “Os grupos de vulnerabilidade foram completamente atendidos em todas os Faculdades. Temos o maior valor de Bolsa entre todos os aportes que as universidades brasileiras oferecem”, disse, acrescentando outros benefícios como as moradias estudantis (R$ 300,00), auxílio livro (R$ 150,00), auxílio moradia (R$ 500,00) e auxílio moradia emergencial (R$ 400,00), bem como os programas oferecidos pelas próprias unidades (A FDUSP, por exemplo, conta com o Adote um Aluno e o Fundo de Endowment Sempre SanFran).
Por sua vez, Campilongo lembrou que logo que a atual Reitoria foi empossada, Carlotti Jr. pediu para que todos inovassem e ousassem. “A Universidade mudou muito seu perfil étnico, socioeconômico-racial. Isso é uma inovação. Há alguns anos, praticamente todos novos alunos eram egressos das escolas privadas. Hoje há paridade. Isso é inovação”, reforçou.
Conhecendo a Faculdade
Ao final, todos foram convidados a fazer uma visita guiada aos principais locais da Faculdade. Carlotti Jr. foi conferir de perto a Biblioteca, acompanhado da diretora, Maria Lúcia Beffa, conferiu uma exposição formada especialmente para a ocasião.
Entre as raridades a ele apresentadas estão o anel do Barão de Ramalho, que a décadas é entregue na cerimônia de posse das novas diretorias, e a Coroa de Ruy Barbosa. Também pôde ver algumas obras, bem como uma chave-símbolo, doada por Lygia Fagundes Telles.
