Relatório da Comissão de Inteligência Artificial Generativa da Faculdade de Direito USP traz as principais práticas de governança no uso de Inteligências Artificias Generativas pelas editoras e universidades internacionais, bem como os resultados de pesquisa sobre o uso da tecnologia por alunos da FDUSP de Graduação e de Pós-Graduação. O documento, recém-lançado, está disponível para consulta e foi elaborado pela comissão composta pelos professores Juliano Maranhão, Juliana Krueger Pela, Francisco Marino, da FDUSP; e Amália Batocchio.
Maranhão ressalta que o estudo reforça as práticas nacionais e internacionais. “O relatório mostra a importância da transparência e letramento no uso de IAGs por discentes e docentes, conforme as melhores práticas internacionais”, acredita.
O relatório, desenvolvido em cooperação com a Associação Lawgorithm de Pesquisa em Inteligência Artificial, trata de procedimentos de governança para o uso ético de sistemas de IAGs para fins acadêmicos e educacionais, especialmente aqueles aplicáveis ao ensino superior.
De acordo com relatório, a IA possui potencial para transformar de forma significativa a educação, fornecendo oportunidades para aumento da personalização, eficiência e qualidade da aprendizagem. “Contudo, ensinar e aprender sobre IA preparam a comunidade acadêmica para os desafios e oportunidades”, observa.
Também avalia algumas utilidades da ferramenta e observa que a IAG pode auxiliar estudantes em várias tarefas, como na escrita de trabalhos e artigos, criação de resumos e paráfrases, criação de mapas de conceitos, seleção de exercícios ou sistematização de debates, correção gramatical, traduções, geração de vídeos sintéticos com professores abordando oralmente conteúdo a ser lido etc.
O documento traz questões sobre guias e diretrizes de governança presentes na proteção e promoção da integridade acadêmica. E ressalta que o uso indiscriminado de ferramentas de IA Generativa pode comprometer a aquisição de habilidades relevantes para os alunos, como competências de escrita, investigação, pensamento crítico e resolução de problemas.
“Além disso, pode haver a geração de resultados pelas ferramentas que possa ser classificado como plágio, a depender dos prompts feitos pelos usuários que possam resultar no fenômeno de “regurgitação”, diz. Essa pode ocorrer quando o prompt especifica determinado conteúdo que provavelmente foi utilizado na base de dados. Nesse quesito trata ainda de plágio e outras ponderações.
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