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Podcast "Jus no Fim do Túnel" analisa os ataques contra os institutos de pesquisas

O Podcast “Jus no Fim do Túnel”, da Fundação Arcadas (braço institucional da Faculdade de Direito da USP), reuniu especialistas em torno dos institutos de pesquisas eleitorais, no sentido de tentar esclarecer especialmente o funcionamento das metodologias que vêm sofrendo ataques.

Ancorados pelo professor Flavio Luiz Yarshell, Processo Civil da FDUSP, foram convidados para debater a questão Mara Telles (UFMG), da Associação Brasileira de Pesquisadores Eleitorais; o advogado de Direito Eleitoral Fernando Neisser; o cientista político Felipe Nunes, diretor da Quaest; e Ronaldo Lemos, professor da UERJ e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade.

Conforme assinalou Mara Telles, não apenas as pesquisas, mas os pesquisadores estão sendo ameaçados em uma escalada autoritária. Citou os projetos que circulam no Congresso. “Querem cercear a liberdade de informação, seguindo a linha negacionista do governo. Agora, a tentativa é de que os pesquisadores e a ciência se coloquem abaixo”, disse.

Ao longo do bate-papo, lembrou que havia uma orientação dada pela campanha do presidente Bolsonaro para que não se respondesse às perguntas dos pesquisadores. “Não sei quanto ou se isso teve algum impacto nos resultados...”.

Lemos acredita que é importante tentar entender onde estão as falhas. Ao falar das novas mídias de comunicação, por meio das redes sociais, ressaltou a necessidade de compreender o campo ideológico que se apropriou desses meios de comunicação.

“Tenho visto muito o chamado comportamento inautêntico coordenado, que usa mídias sociais e comunicação pela internet para produzir ações para atacar determinadas instituições e métodos consolidados”, afirma. Acrescenta que os Institutos de Pesquisa estão sendo colocados como problemas ideológicos, algo novo no Brasil. “Antes, eram vistos como ferramenta para enxergar a realidade”, diz.

O especialista lembra que alguns projetos de lei já tentavam criar obstáculos ou punições para os trabalhos desses institutos. “Fui relator de um caso e proferi voto (depois aprovado por unanimidade) destrinchando os motivos para não se fazer qualquer restrição ao trabalho dos institutos”.

Por sua vez, Felipe Nunes ressalta que os institutos estão pagando o preço de uma eleição completamente sem graça, onde o eleitor, ao invés de buscar informações sobre o que estava acontecendo, esteve focado no placar. “É como se a gente fosse ao estádio e ficasse o tempo todo olhando para o placar, sem prestar atenção no jogo”, compara.

Adiante, ressalta a eficácia das pesquisas em descrever o que aconteceu. “O ‘data-povo’ previa que o Bolsonaro iria ganhar as eleições no primeiro turno e nada disso aconteceu”. E fez um alerta sobre o fato de as pesquisas ainda conseguirem detectar, de forma precisa, a questão da abstenção.

Para Fernando Neisser, há muitas possíveis explicações. Pensando numa metodologia científica, nada disso vai se confirmar até que se possa obter mais dados, fazer novos estudos para se chegar a respostas mais definitivas. “Dificilmente houve somente um fenômeno. Não há dúvida de que hoje decide-se o voto muito mais próximo da eleição do que se decidia há 20, 30, 40 anos, quando os laços partidários eram muito mais estáveis”, acredita.

Falou do viés das pessoas que decidem não responder às perguntas e que houve enviesamento desse grupo. “Eu acredito em pesquisa, como acredito na medicina, na engenharia. Pesquisa é ciência e sempre vai ter espaço para encontrar novas respostas para melhorar suas metodologias”, diz.

Por sua análise, Yarshell ressaltou que o debate ganhou uma dimensão para além da questão técnica. A demonstrar que há uma realidade complexa. “Nunca tive essa sensação, tão difícil, de temer pelo futuro”, acentua. E acrescentou ser difícil lidar com uma realidade quando se constata que o problema não é preferência de “a” ou “b”; mas o fato de ‘fulano’ e ‘beltrano’ são apenas o reflexo de uma vocação autoritária.

 

Ouça o episódio completo. Discuta, compartilhe. Reverbere

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