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A "Peruada" está de volta às ruas da Capital paulista

Kaco Bovi

 

Manifestação político-carnavalesca tem como tema “Meu Peru não tá tranquilo, quer 100 anos de sigilo”

 

Matéria atualizada em 21/10

 

As discussões brasileiras estão retratadas na manifestação político-carnavalesca “Peruada”, organizada pelo Centro Acadêmico XI de Agosto da Faculdade de Direito da USP. Depois de dois anos em formado remoto, neste 2022 os estudantes voltaram às atividades de rua, para percorrer os principais pontos no entorno da região central de São Paulo.

O Largo de São Francisco, em frente ao Prédio Histórico da FDUSP, lotou para a concentração, e transcorreu de forma tranquila. Neste ano, o tema é “Meu Peru não tá tranquilo, quer 100 anos de sigilo”, referência satírica ao “decreto” que restringe acesso a informações.

Como tradicionalmente acontece, os estudantes foram puxados pelo “Vitão”, o Rei da Peruada, e seguiram o percurso pelas ruas do centro da capital paulista.

“Estamos entusiasmados com a volta da maior festa da São Francisco, após dois anos de pandemia. No cenário político atual, retomar a tradição da passeata política-carnavalesca em que os franciscanos expressam suas ideias de forma crítica é motivo de muita felicidade para o XI de Agosto!”, diz a presidente do CA XI de Agosto, Manuela Morais.

Ela acrescenta que o objetivo da festa foi cumprido: “de forma segura e que engaje cada vez mais a juventude nas lutas do seu tempo”.

O diretor da SanFran, Celso Fernandes Campilongo, acentua que a passeata é um momento oportuno de expressão dos alunos da instituição. “A peruada é a manifestação dos alunos. Dessa forma, eles podem exteriorizar seus sentimentos com relação ao momento político do país”, diz, adicionando que muitas personalidades da sociedade atual, que estudaram nas Arcadas puderam aproveitar desse momento. “A ‘Peruada’, se transformou ao longo de quase uma década de sua realização, em uma manifestação outras Academias. Muitos alunos de outras faculdades vêm para a festa desse dia”, informa.

Por consequência da programação a Faculdade de Direito da USP permaneceu fechada. Além do Prédio Histórico, os anexos tiveram as atividades acadêmicas e administrativas suspensas.

 

Diversão com conotação política

A cada ano, a passeata traz temas ligados à atualidade, como "De cueca e mala preta, meu peru não é picareta"; "Inocente ou bandido meu peru é absolvido!" , ou “Nessa eleição tão decadente, meu peru para presidente”.

Desde o início histórico, no Século XX, a partir do trote dos calouros, muitas foram as personalidades, estudantes da Academia de Direito do Largo de São Francisco, que participam e participaram do evento. Dentre os quais, quando aluno na Arcadas, o ex-presidente Michel Temer. Nessa linha, quando estudantes e jovens, muitos dos hoje professores, políticos, ministros, juristas participaram da “Peruada”.

A vice-diretora da FDUSP, Ana Elisa Liberatore Bechara lembra que a manifestação tem como lema ridendo castigat mores (o riso corrige os costumes) e remonta ao início do século XX, sendo transformada em uma das mais antigas tradições dos alunos das Arcadas.

Ela ressalta que o movimento nasceu como um ritual de libertação dos calouros, logo após o período de trote. Costumava acontecer no final de maio, começo de junho, com os estudantes fantasiados, faixas e cartazes, música, e, às vezes, atrações de circo. A intenção é passar uma mensagem política dos estudantes para a cidade.

Em 1932, ao alvo da zombaria estudantil foi Getúlio Vargas. O então acadêmico José Mindlin saiu fantasiado de Osvaldo Aranha, vestindo a camisa negra do fascismo e carregando um chuchu, apelido dado a Vargas.

Após um período de recesso por conta da Ditadura, o movimento foi retomado. E tem como personagem principal o “Vitão”, encarnado por Benedito Vitor dos Santos, símbolo da “Peruada”.

Entra na pauta-simbólica todo o imbróglio envolvendo os problemas enfrentados na atual conjuntura, especialmente pelo avanço de notícias falsas. O percurso é de aproximadamente quatro horas.

A concentração aconteceu no Largo de São Francisco, descendo em direção da Secretaria de Segurança Pública, Libero Badaró, até a Prefeitura, Viaduto do Chá, Teatro Municipal, Largo do Paiçandu, República, 24 de Maio, avenida São Luiz, Viaduto Maria Paula, Brigadeiro Luís Antônio, dispersão no Largo de São Francisco.

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