Não é somente fazer uma marcação todos os anos de lembrança da data. O 31 de março tem de estar vivo na memória de todos os brasileiros, para que nunca, jamais, seja esquecido. A data remete ao ano de 1964, com o início do período mais sombrio e desumano para uma sociedade.
Há 61 anos, em 31/03/1964, as tropas do general Olympio Mourão Filho deram início ao golpe, que se consolidaria nos dias seguintes. A partir dai, foram 21 anos de um regime autoritário.
Com a tomada do poder pelos militares, os direitos civis estavam retirados e o militarismo passou a perseguir e a torturar aqueles que se opunham ao regime.
Para evitar novas tentativas de ataques contra a democracia, é preciso estar vigilante. “Ditadura mata”, como bem disse a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do 08/01/2023.
Fala que reforça ainda mais a de Ulysses Guimarães, antigo aluno da Faculdade de Direito da USP, quando da promulgação da Constituição de 1988: “Tenho ódio e nojo à ditadura”.
E a ministra completou: “Ditadura vive da morte e não apenas da sociedade, não apenas da democracia, mas de seres humanos de carne e osso que são torturados, mutilados, assassinados”.
O simbolismo refletido por Ulysses e Cármen reforça que o Brasil, ao longo de sua história, enfrenta desafios para consolidar a sua democracia.
Por isso, a necessidade de manter viva a memória do que foi o regime de exceção. Como bem tem sido feito pelo filme “Ainda estou aqui”, do livro de Marcelo Rubens Paiva, que conta a história do pai, perseguido e morto pela ditadura.
É preciso lembrar, sempre, que há 61 anos, no dia 31 de março, as tropas do general Olympio rumaram para o Rio de Janeiro, para depor o presidente João Goulart, dando início ao golpe (que se consolidaria nos dias seguintes), empurrando o País para um período autoritário de 21 anos, até a eleição de Tancredo Neves (que morreu antes de assumir a Presidência) e a posse de José Sarney.
Que nunca mais acontece!
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