“Isso aqui é muito mais do que o lançamento de um livro. É a reafirmação de um compromisso, um compromisso de vida com a democracia”, ressaltou o juiz Ricardo de Castro Nascimento, antigo aluno da Faculdade de Direito da USP, no lançamento do livro “Bastidores– A articulação da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito” (07/08), na Livraria Martins Fontes. Um dos articuladores da Carta, lida no Pátio das Arcadas, em agosto de 2022, ele conta na obra os primeiros passos do movimento.
Estes foram dados em conjunto com Thiago Pinheiro Lima, Roberto Vomero Mônaco, Dimas Ramalho, Luiz Antonio Marrey e Roque Citadini. Na sequência o texto recebeu contribuição de Celso Fernandes Campilongo e Ana Elisa Liberatore Bechara, diretor e vice-diretora da SanFran, que também assinam o prefácio da publicação.
Por sua vez, Campilongo aproveitou para falar da Sinergia em torno da Carta que recebeu mais de milhão de assinaturas e reuniu milhares de pessoas no Pátio das Arcadas e no entorno da SanFran, no dia de sua leitura. O diretor lembrou ainda os eventos marcados para este ano, que terá, no dia 11, aula do ex-ministro e professor Ricardo Lewandowski, outorga de medalhas, seminário sobre inteligência artificial e o tradicional almoço de XI de Agosto, no sábado (12).
Observado pelos presentes, Ricardo advertiu ainda que todos precisam e devem manter a vigilância, para lutar contra novos arroubos à democracia que possam surgir. Entre as prateleiras de livros juristas, professores, esportistas, dirigentes, representantes de vários setores da sociedade formaram fila na noite se autógrafos.
Além dos já citados acima, estiveram os professores da FDUSP Floriano de Azevedo Marques Neto, cuja contribuição para a leitura da Carta foi essencial, Maria Paula Dallari Bucci, Otávio Pinto e Silva, Lucas Amato.
O encontro contou ainda com o antigo aluno das Arcadas e ministro aposentado do STM, Flávio Flores Bierrenbach, o jornalista Juca Kfouri, o advogado João Moreno, familiares de Ricardo, e a simpática dona Leda, sua mãe, o tempo inteiro refletindo um belo sorriso.
Sem dono
No livro, Ricardo escreve: “A Carta é uma obra coletiva. Não há um único autor. No fundo, todos os 3.069 subscritores originários são autores. O grande segredo do seu êxito é não ter dono. Tento explicar isso. Esse foi o maior ensinamento deixado. Não foi fácil domar os egos e as pressões”.
Nascimento acrescenta que não poderia deixar de contar a história desde o embrião, para deixar um legado às próximas gerações toda a batalha promovida em defesa do Estado de Direito. Em consonância com Ana Elisa e Campinlogo que, sobre os movimentos contra a democracia que se seguiram às eleições, adicionaram: “Pode-se dizer que só foi possível oferecer resposta tão rápida às aberrações do dia 8 de janeiro de 2023 pela experiência de mobilização e pela articulação da Faculdade de Direito da USP com todos que participaram da movimentação de 11 de agosto de 2022”.
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