Primeira e única mulher diretora da Faculdade de Direito USP, uma das principais juristas do Brasil, tendo presidido (interinamente) a OAB São Paulo por alguns meses (quando era vice-presidente) e o Instituto dos Advogados de São Paulo, Ivette Senise Ferreira completa nesta quinta-feira (12/09) noventa anos com e mesmo vigor que sempre pautou sua trajetória.
Referência no Direito Penal, matéria na qual é professora titular sênior na FDUSP, a docente tem extensa obra jurídica desde sua primeira tese para o doutorado, com o título “Aborto legal”.
São diversas as especializações. Dentre as quais, em História das Idéias Políticas, Direito Constitucional Comparado, Direito Internacional Privado, Organizações Internacionais, dentre outras.
O respeito de seus colegas de docência, dos tantos alunos que formou e ajudou a formar, está expresso nas homenagens e nas condecorações, como o prêmio “Professor Emérito - Troféu Guerreiro da Educação Ruy Mesquita”. Foi apenas a quinta mulher indicada ao prêmio em 24 anos de existência. Foi também homenageada com a "Medalha MDA". Primeira mulher a ser congratulada com a láurea, o prêmio reconheceu a advogada e professora por suas relevantes contribuições como defensora das prerrogativas da advocacia.
Por onde passa esbanja conhecimento e amplia seu legado. Como em 2015, ocasião de lançamento do livro "Estudos em homenagem a Ivette Senise Ferreira", organizado por Renato Silveira e Mariângela Magalhães.
São diversos os predicados trazidos na apresentação do livro. “Intelectual de primeira linha, acadêmica, professora e penalista. De primeira dama do Estado à grande dama das Arcadas, advogada e membro de tantas instituições, a professora Ivette sagrou-se, também, como tão influente figura de política de classe”."
E continham: “Uma vez comunitária a Universidade, cuja premissa maior é a de que todos que para ela convergem se sentem chamados por uma vocação intelectual, a professora Ivette Senise Ferreira ingressou nas Arcadas no ano de 1953, graduando- se em 1957. Realizou, em seguida, de 1958 a 1959, o curso de pós-graduação em Direito Penal na Faculdade de Direito da Universidade de Paris”.
Paradigma para tantas gerações, cativou os jovens e formou novos pesquisadores. Escreveu alguns livros, como “Tutela Penal do Patrimônio Cultural.
Apaixonada pelo Direito Penal, Ivette revelou em entrevista: “É apaixonante, quando você começa a estudar adora. Os livros que mais me interessaram foram de penal e criminologia”.
Diante de toda essa história, a Faculdade de Direito da USP, por seus diretores, professores e funcionários presta saudação, desejando felicidade, para continuar essa rica jornada.
Faculdade de Direito da USP, em 12 de setembro de 2024.
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