Em tempos de combate às notícias falsas, o livro “Fake news e eleições: estudo sociojurídico sobre política, comunicação digital e regulação no Brasil”, que tem como coordenador de projeto o professor Celso Campilongo e, entre os organizadores, o professor Lucas Amato, ambos do Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da USP, analisa as medidas adotadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nos últimos anos.
Após longo período de pesquisa, envolvendo Campilongo, Amato e os juristas Marco Loschiavo Barros, professor da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie; e as doutorandas da FDUSP Diana Tognini Saba e Paula Pedigoni Ponce, a publicação conclui que as eleições de 2018 foram marcadas pelo protagonismo das redes sociais e das plataformas de mensagens.
Ou seja, resultou em considerável número de notícias falsas distribuídas em massa.
Muito embora a divulgação de fake news em tempos eleitorais não seja exatamente uma novidade no Brasil, o volume, o modo como elas foram distribuídas – sobretudo via disparos de Whatsapp – e a enorme pressão sobre o TSE são inéditos.
Para elaborar o trabalho, os pesquisadores analisaram a judicialização da distribuição de notícias falsas em massa nas eleições e mapearam os movimentos que o Judiciário adotou para lidar com o problema.
Confira a versão online, gratuita. Editora FI, 222 páginas.