Kaco Bovi
Prometendo respeitar a Constituição, o estado de direito e trabalhar pela união do país, bem como pela retomada internacional, no pronunciamento de vitória, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva estendeu a bandeira do Brasil ao lado de seu vice-presidente, Geraldo Alkmin. “Quero dedicar essa vitória à democracia e ao povo brasileiro”, disse.
Fez um discurso de paz, defendendo a união do povo em prol do crescimento. Disse que vai governar respeitando o Estado Democrático de Direito e com os olhos voltados para a população. “Agradeço a todos que votaram em mim e a todos que votaram em meu adversário”, assinalou. “A partir de 1º de janeiro, eu governarei para todos”. “Esta não é uma vitória minha, nem do PT, nem dos partidos que me apoiaram na campanha. Mas de um imenso movimento democrático que se formou acima dos partidos políticos, dos interesses pessoais e das ideologias para que a democracia seja vencedora”, acrescentou.
Nessa linha disse que não existem dois Brasis. “Somos um único povo, uma grande nação”. Ressaltou a importância da mulher. “A mulher quer e ela deve estar onde ela quiser”, disse. “Vamos recuperar o Ministério da Cultura”, acrescentou, ressaltando que nenhuma Nação tem liberdade se não tiver cultura. “Quero agradecer meu amigo Alckmin, que vai me ajudar a recuperar esse Brasil”, afirmou.
Sobre o período de pandemia, prometeu ajudar a reeducar as crianças que perderam dois anos de estudos.
Para fora, afirmou que buscará recolocar o Brasil no cenário mundial. “O Brasil vai ser protagonista internacional, porque vamos voltar a visitar outras nações e receber os presidentes de outros países”.
Para dentro, disse que irá cuidar dos mais pobres e preservar as riquezas do país. Dentre as quais, a Amazônia.
Quanto a violência que tomou conta do Brasil, foi enfático: “É hora de baixar as armas que jamais deveriam ter sido empunhadas. Armas matam e nós escolhemos a vida".
Lula e sua mulher Janja da Silva estavam visivelmente emocionados. Agradeceu a Deus e as uniões com outros políticos e os apoios recebidos. Dentre as quais as senadoras Simone Tebet e Eliziane Gama.