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A internacionalização e seus desafios na Etapa de Preparação Pedagógica do Programa de Aperfeiçoamento e Pesquisa

Desafios e experiências da e na internacionalização durante a conclusão da pós-graduação deram tom ao terceiro encontro da Semana de Etapa de Preparação Pedagógica do Programa de Aperfeiçoamento e Pesquisa da USP, no Auditório Rubino de Oliveira da Faculdade de Direito da USP.

Os discentes Mateus Calicchio Barbosa e Ricardo Galendi Jr. apresentaram suas vivências práticas no País e no Exterior, respectivamente, e os professores Wagner Menezes (Direito Internacional) e Homero Batista (Direito do Trabalho), relataram os principais caminhos para a condução dos trabalhos.

Galendi Jr. observou a importância de serem ousados em seus projetos e deu como dica aos interessados em fazer a pós no exterior, conversar com seus orientadores e partirem diretamente para o doutorado. Também salientou a publicação de artigos em revistas científicas na área. Enalteceu o trabalho feito pelo professor Luís Eduardo Schoueri, seu orientador, pelo trabalho feito pelo docente no exterior. “Tenham consciência de que, quando estão participando de eventos, palestras, cursos no estrangeiro, então representando a universidade e ampliando as oportunidades”, acentuou.

Lembrou de Ruy Barbosa Nogueira que enviava aos catedráticos no exterior livros e trabalhos brasileiros no sentido de criar essa interlocução. “Dessa forma é possível mostrar que aqui tem pesquisa acadêmica sendo feita”, afirmou.

Por sua vez, Calicchio Barbosa, frisou que a internacionalização não depende necessariamente de estar em outros países. Usou como exemplo sua própria história. Não consegui me imaginar passar anos fora do país. Acabei ficando por aqui, mas consegui me internacionalizar de qualquer forma”, disse, explicando que essa internacionalização se deu por meio dos eventos na própria Faculdade, com cursos, palestras e outros mecanismos oferecidos por docentes estrangeiros.

Esse não ficar fora do país não o impediu, por exemplo, de produzir material para revistas internacionais, em outros idiomas. “Periódicos estrangeiros têm exposição muito grande”, afirmou. Além disso, lembrou, a cada tempo acontecem diversos eventos internacionais, como os chamados Moots. ‘Participei deles ativamente, como a extensão no DEF que simulava acordo entre Brasil e Áustria”, acrescentou. Na sequência, ressaltou o apoio que teve da diretoria, dos professores e servidores da FDUSP.

Wagner Menezes falou da internacionalização na sua essência. “Primeiro ponto fundamental é entender o que fazemos dentro da Faculdade”, disse. Avaliou a pesquisa como instrumento para implementar no campo do Direito. “Pensem no que é preciso produzir para ter impacto internacional mais forte. É preciso escrever sobre temas que impactam no campo de pensamento científico.”.

Ressaltou que tanto no Exterior quanto no Brasil há uma multidão de vertentes. Entre os caminhos, está a publicação de trabalhos científicos e alertou: “Não é só publicar em inglês, numa revista brasileira. A publicação estrangeira é pautada por estruturas que representam trabalhos de reconhecimento internacional”. Assinalou ainda que as mais importantes revistas cobram pela publicação, para se manterem. Também destacou a importância da circulação de professores, tanto no exterior como convidar os estrangeiros para ministrar cursos no Brasil. “É importante, abre a possibilidade de trabalhos coletivos e internacionais de pesquisas que estão sendo feitas”.

Também alertou para os cuidados a serem tomados com os eventos caça-níqueis, que não são acadêmicos. “Tem muitas instituições organizando esses tipos de seminários. Precisamos ser mais criteriosos”.”

Homero informou aos alunos alguns dos caminhos para serem tomados e observou que a FDUSP tem feito parcerias com outros países para a internacionalização. Citou entre eles, que a instituição irá receber professores de Moçambique para fazer doutorado. “A Universidade de Maputo tem mestrandos sem doutorado. Com esse oferecimento ajudamos a eles e ainda trazemos diversidade”, afirmou. O docente ressaltou ainda a obtenção da nota 7 na Capes pela FDUSP.

Os debates continuam nesta quinta-feira, das 10h às 12h, no Auditório Ruy Barbosa Nogueira. O tema “Interdisciplinaridade e a formação do monitor” será moderado pela professora Juliana Krueger Pela, vice-presidente da Comissão de Pós-Graduação da FDUSP; com os professores Eduardo Tomasevicius Filho (DCV) e Tamara Maria Gomes (FZEA/Pirassununga); e a discente Caroline Marques Leal Jorge Santos.

 

Confira programação completa. Discuta, compartilhe: https://encurtador.com.br/cfzFT

 

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Edição: Kaco Bovi

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