Matéria no Jornal “Folha de S.Paulo” destaca os baixos índices de aprovação no Exame para ingresso na Ordem dos Advogados do Brasil. A maioria dos graduados nos cursos de Direito do País têm dificuldade em passar na prova obrigatória aos bacharéis para o exercício da profissão.
"É uma formação muito procurada por causa de profissões jurídicas que remuneram muito bem. Tem basicamente biblioteca, lousa e giz – e há muitos cursos de má-qualidade", afirmou à reportagem, a professora Nina Ranieri, Direito do Estado e coordenadora da Cátedra Unesco de Direito à Educação da Faculdade de Direito da USP.
Conforme os dados tabulados pela publicação, ao todo, foram avaliadas 790 instituições de ensino superior que têm curso de Direito. Isso representa todas as escolas ativas do país com pelo menos 50 presentes ao ano nos exames da ordem (que não tenham zerado na prova).
Na maioria delas (679), menos de 30% dos alunos e ex-alunos que fizeram o Exame tiveram nota suficiente para passar na prova. Os dados foram tabulados pela Folha considerando a porcentagem de aprovados no exame da OAB em relação aos presentes nas provas em três anos (de 2017 a 2019). Três exames são realizados por ano.
A Folha avaliou as instituições de ensino superior que oferecem o curso de Direito a partir do seu cadastro no Ministério da Educação (MEC). No caso de escolas com mais de um curso ou com Graduação em mais de um campus, foi feita uma média da aprovação na OAB de todos os alunos daquela instituição.
Apenas no caso da USP — que oferece o curso de direito no Largo de São Francisco (na cidade de São Paulo) e em Ribeirão Preto (SP) —, foi feita uma análise específica das taxas de aprovação na OAB em cada campus, conforme destacado pelo jornal.