Ao completar 200 anos, nesta quinta-feira, a Biblioteca recebeu novos livros de vários séculos para compor o acervo
Edição: Kaco Bovi
A Biblioteca da Faculdade de Direito da USP, que completa 200 anos de fundação nesta quinta-feira (24/04), está ainda mais enriquecida. A diretoria recebeu a doação de mais obras raras (23/04) cedidas pelo engenheiro Ruy Souza e Silva, cujo amor pelas Arcadas remete ao avô, José Augusto de Souza e Silva, formado pela SanFran em 1907.
Ao lado do restaurador Walter Naddeo, Silva foi recebido pelo diretor da FDUSP, professor Celso Campilongo; pela diretora da Biblioteca, Maria Lúcia Beffa, e por Gabriel Damianovich, da Associação dos Antigos Alunos.
As obras doadas são “Ordenações de D. Manuel”, de 1505; “Ordenações e Leys do Reyno de Portvgal”, 1603; “Ordenações, e Leys do Reyno de Portugal”, 1727; “Ordenações, e Leys do Reyno de Portugal”, 1747; “Repertorio das Ordenações e Leys do Reyno de Portugal”, 1749; e “Resumo da História Universal de Júlio Frank”, de 1839.
“Um grande presente de aniversário para a Biblioteca”, disse Campilongo, comemorando. O diretor realçou o significado de continuarem alimentando o acervo da biblioteca, atualmente com mais de 500 mil volumes, por meio da cessão de obras raras. “Doações como estas enriquecem ainda mais nosso patrimônio. Torço para que elas continuem, especialmente livros raros, como os que estamos recebendo agora”.”
Durante a reunião, aproveitou ainda para fazer algumas observações e contou sobre o prédio que está sendo construído na rua Riachuelo, para ampliar a Biblioteca, e terá vários itens e equipamentos de modernidade. Também falou da aquisição do prédio histórico, onde funcionava a Fecap, no Largo de São Francisco, 19.
Beffa constatou a excelência das obras doadas e agradeceu. “São livros que irão compor ainda mais a coleção”, disse.
Silva acrescentou que a doação é feita em agradecimento e reconhecimento à faculdade pelo acolhimento a seu avô, José Augusto de Souza e Silva, Antigo Aluno da FDUSP, que colou grau em 1907.
“Em retribuição ao acolhimento dado por essa Faculdade à ele que estou fazendo essa doação”, afirmou. “Foi muito importante para ele, foi muito importante para a família. E essa doação é uma forma de retribuição”.”
Explicou que os livros foram comprados em Portugal há mais de 20 anos (com exceção de Júlio Frank, que foi adquirido em São Paulo) todos restaurados por Walter Naddeo. Aproveitou para destacar o trabalho de conservação. “Esses restauradores pegam os livros, restauram, mantêm, e hoje é uma peça como se fosse nova. Óbvio, com a força da idade, e melhor: muito bem conservada”, assinalou.
Na conversa, destacaram que as obras recebidas demonstram a evolução gráfica e que uma biblioteca, completando 200 anos no Brasil é para se comemorar muito. Observaram que é irresistível comprar livros. “É uma coisa incrível”, disse Silva.
Por sua vez, Maria Lúcia lembrou de todos as obras que engrandecem a faculdade, desde as antigas às mais atuais. E Campilongo acrescentou a intenção de fazer um museu jurídico brasileiro em um dos prédios da FDUSP.
Por fim, caminharam pela Faculdade para guardar os exemplares.
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