A Diretoria da Faculdade de Direito da USP recebeu (06/06) a Representação Discente da instituição para a entrega do relatório "Segurança Pública no Largo de São Francisco", coordenado pela RD que elaborou o formulário para obter, do próprio corpo discente, dados concretos em relação à segurança na região central de São Paulo, em especial no entorno, no caminho entre a FDUSP e os meios de transporte.
A partir deste informe surgiu também a Audiência Pública sobre o tema, realizada no Auditório Rubino de Oliveira.
Conforme explicam Rafael Quesada e Letícia Veloso, que entregaram o relatório ao diretor da FDUSP, professor Celso Fernandes Campilongo, após um mês de coleta de dados, entre 20 de abril e 20 de maio, foram alcançadas 350 pessoas, que trouxeram suas principais demandas, preocupações e opiniões sobre o tema.
Para Campilongo, o relatório é significativo, pois retrata parte das preocupações dos alunos que circulam diariamente pelo Centro de São Paulo. “Essa iniciativa pode nos trazer informações importantes para que possamos trabalhar e discutir com as autoridades as melhores formas de ampliar a segurança”, ressaltou.
Os representantes discentes, por sua vez, avaliaram que o público atingido ainda é pequeno, considerando-se a quantidade de discentes totais na Faculdade. Porém, ressaltam que ele proporciona um pequeno recorte com dados concretos da problemática, que poderão ser utilizados de forma responsável e séria pela Faculdade e pelas autoridades e órgãos competentes, aliado a pesquisas científicas e mais abrangentes. Esse é só o começo dos diálogos sobre o tema!
"Buscamos manter o incentivo aos debates entre discentes, docentes, funcionários e a comunidade, para que possamos pensar, juntos, as melhores formas de superar a violência à qual a Faculdade, o Largo e o Centro de São Paulo estão expostos”, afirmam os representantes.
De acordo com eles, não há solução mágica para a segurança no Largo, sendo necessário integrar políticas de aspectos mais imediatos, pensadas em conjunto com a FDUSP e com o Poder Público. Dentre os quais, o aumento de policiamento no Metrô Anhangabaú, maior presença da segurança da USP no Largo, melhorias de iluminação nos arredores, e câmeras na Faculdade (em alguns lugares estratégicos, fora das salas de aulas), sem desconsiderar as profundas questões sociais intrínsecas à problemática.
Destacam ainda a necessidade de promover um debate amplo que pauta o combate às desigualdades sociais, à pobreza, à fome e aos preconceitos que cercam a nós e a Faculdade.
“A Audiência Pública realizada no dia 31 de maio é apenas o início de nossa discussão sobre o tema - que deve ser tratado de forma séria e responsável. Estamos sempre à disposição para continuar ouvindo e entendendo as demandas estudantis, buscando construir juntos um relevante diálogo institucional entre a Faculdade, os estudantes e, sempre que possível, os órgãos responsáveis pela segurança", afirmam.
Confira relatório completo. Discuta, compartilhe: https://encurtador.com.br/krU58
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