Cerimônia foi acompanhada por estudantes, autoridades e familiares. Diretor da FDUSP, Celso Campilongo disse para os empossados serem radicais no enfrentamento dos problemas em prol da sociedade
Edição: Kaco Bovi
Discursos emocionados deram tom à posse solene da nova diretoria do Centro Acadêmico XI de agosto na noite de quinta-feira (16/01), na Sala dos Estudantes, tradicional ponto de encontro e de debates. A presidente para a gestão 2025, Julia Wong, lembrou da importância da agremiação como apoio às(aos) alunas(os) que conseguem ingressar na mais antiga e importante faculdade de Direito do Brasil. Citou como exemplo, a divulgação da lista dos aprovados pelo Enem-USP (17/01). “Eles (os aprovados) passarão por estas Arcadas e nunca mais verão lugar nenhum como este”, disse.
O tom foi seguido pelos presentes que tiveram fala durante a solenidade. Entre os quais, o diretor da FDUSP, professor Celso Campilongo; a presidente cessante, Mariana Belussi; Paulo Henrique Pereira, presidente da Associação dos Antigos Alunos (que já presidiu o CAXI); o presidente eleito da OAB-SP, Leonardo Sica; Bianca Borges, antiga diretora-geral do XI e presidente da União Estadual dos Estudantes de São Paulo; Alabê Nunjara, representando a Educafro; Pedro Lucas Ferreira, diretor de relações internacionais da União Nacional dos Estudantes; e demais autoridades, amigos, familiares e alunos presentes, como Renata Mariz, que iniciou gestão na presidência da AASP.
“Este não é um momento qualquer. Vocês estão assumindo a bandeira do CA XI de Agosto, a principal agremiação de estudantes do País”, disse Campilongo. O diretor falou a todos os integrantes do XI para que sejam radicais, a ponto de ir à raiz dos problemas que irão encontrar. “Radical é aquele que vai à raiz dos problemas, nos momentos de mostrar a preocupação como os estudantes dessa faculdade. Entrar na terra, percorrer as entranhas, nesse território, único espaço que há quase 200 anos ininterruptos tem um terreno capaz de fincar raízes da advocacia, da justiça, da fraternidade, da democracia, da liberdade, valores que formam a sociedade”, assinalou.
Por sua fala, Sica contou ter vindo para São Paulo estudar na São Francisco. “Tudo que eu fiz na vida está relacionada a esta casa. Nesta sala (dos Estudantes) convivi e vivi com muitas pessoas”, disse. “Foi dessa sala que pintamos a cara e subimos a Brigadeiro para pedir o Impeachment de Collor”, lembrou.
De acordo com ele, todos franciscanos têm algo em comum. “Amamos e valorizamos a vida institucional”.” Agradeceu o convite e pôs a OAB SP à disposição.
Mariana Belussi parabenizou pela vitória e falou dos desafios para a gestão. “A gente coloca os interesses da São Francisco acima de nossos interesses, enquanto pessoas, enquanto indivíduos, muito acima de qualquer coisa”, afirmou. Relatou que muitos dos objetivos de sua gestão foram cumpridos. “Hoje as pessoas sabem quem é o Centro Acadêmico, sabem quem compõe a diretoria porque é um CA muito mais presente na vida delas”.”
Por sua vez, Paulo Henrique Pereira relatou o significado de pertencer ao Centro Acadêmico, destacando a dedicação de quem pertence à agremiação. “As pessoas entram na Faculdade já preocupadas com a carreira e com a vida profissional. É isso que diferencias vocês (do XI); o fato de se dedicarem desinteressadamente ao bem público, às ideias que possam fazer com que o Brasil seja melhor, aos programas que possam melhorar a vida de estudantes e da sociedade”, acrescentou.
Bianca Borges destacou o fato de ser uma entidade por onde passaram franciscanos notáveis, citando Almino Afonso. “Sabemos o caminho que devemos percorrer, é a frase de uma ex-presidente que representa a assertividade. Contra a ideia da força, muitas vezes, coube ao XI defender a força das ideias e mostrar que as Arcadas são território livre do autoritarismo e da repressão”, acrescentou.
Alabê Nunjara falou da integração na população brasileira com as pessoas afrobrasileiras. E reforçou alguns grandes momentos da Educafro, em um Brasil profundamente desigual. “Começou oferecendo pré-vestibulares voluntários , para conseguir colocar pessoas negras dentro das universidades; depois começou a lutar pelas ações afirmativas, cotas raciais nas universidades”, disse.
Pedro Lucas Ferreira destacou que o XI constrói as políticas necessárias para os estudantes de Direito. É uma referência para o Brasil e para o movimento estudantil. Rompe as fronteiras do que deve ser uma agremiação”.”
Por fim, ao citar diversos momentos de luta do Centro Acadêmico, Wong assinalou: “É este o papel do Centro Acadêmico XI de Agosto (em seus 122 anos de existência e a atuação) tem ocupado. Construímos esperança e vontade para lutar pela vida digna e pela democracia”.
Diretoria, gestão 2025
Presidente: Júlia Pereira Wong
Diretora-Geral: Eduarda Goes Sá Teles Lopes
Diretora-Geral: Nathalie Azambuja Barbisan
Secretário-Geral: Paulo Henrique da Silva
Secretário de Organização: Ruan Neto Pereira Alves
Tesoureira: Júlia Tramonte Félix
Tesoureiro: Lucas Capuchinho Moreira
Diretor: Gabriel Gregório de Oliveira
Diretor: Matheus Miller Reginaldo
Diretora: Náthaly Stéphany Ferreira Sousa
Diretora: Ana Beatriz Lodovico
Diretor: Pedro Magnabosco
Diretor: Pedro Venturini
Diretor: Pedro Puntel
Diretor: Gabriel Nassaro Saunier
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