Poder voltar à Faculdade de Direito da USP, para comemorar os 30 anos de formatura, em cerimônia que teve de ser adiada por conta da pandemia de covid-19, resume o sentido de pertencimento à Velha e Sempre Renovada Academia de Direito do Largo de São Francisco.
Essa emoção pôde ser vivenciada pela Turma de 1990 durante ato ecumênico no Salão Nobre (02/04), que contou com a participação dos Antigos Alunos da instituição.
Na mesa estavam estudantes formados naquela época, o ministro José Antônio Dias Toffoli (STF), o ex-diretor da FDUSP, Floriano de Azevedo Marques Neto, e a promotora de Justiça Nathalie Kiste Malveiro, acompanhados do diretor Celso Campilongo e da vice-diretora, Ana Elisa Bechara.
A turma de 90, entre seus mais de 300 alunos, tem o ministro Alexandre de Moraes, entre tantos outros juristas, advogados, advogadas, como Cristina Parizotto, Theotônio Monteiro de Barros, Antônio Pugliese, Iberê Bandeira de Mello, e professores. Dentre os quais, da própria SanFran. Além de Marques Neto, estão José Puoli, Ruy Camillo, Balmes Veja Garcia, Estevão Mallet...
Por sua fala, Campilongo lembrou que foram estes alunos a dar exemplo grandioso por terem ajudado a restaurar a Sala Alcântara Machado, por meio do projeto Adote uma Sala da SanFran. “Vários foram os alunos e professores que nos relataram como ficou bonita a sala reformada. É isso que provoca e desperta essa sensação de pertencimento à Faculdade”, assinalou.
Marques Neto acentuou que, ao comemorar a formatura (com dois anos de atraso), a turma tem várias celebrações. A primeira, os 30 anos que perpetuam a história desses antigos alunos. “Nós somos franciscanos por mais tempo que metade de nossas vidas”.
A segunda, pontuou, é a instituição. “A gente tem vínculo com a FDUSP muito maior do que o título de ter sido formado aqui”. A terceira, o retorno. “Hoje quando cheguei aqui e ouvi o alarido fui tomado de grande emoção”, acrescentou. “Durante a pandemia, pelas necessidades do cargo que ocupava (diretor), vim aqui por vários dias e vi essa faculdade vazia. Vocês não sabem quão triste são essas Arcadas sem o alarido dos alunos”, disse.
O ato ecumênico foi acompanhado por representantes de várias religiões, franciscanos e familiares.
Fotos: César Viegas