A recente criação do Criação do Colégio Brasileiro de Faculdades de Direito Públicas e Gratuitas, tendo como primeira sede a Faculdade de Direito da USP, demonstra a importância de estabelecer diálogos entre as instituições de ensino jurídico, sociedade e poderes governamentais. Durante dois dias, dirigentes, professores e demais autoridades debateram temas no sentido de oferecer melhor qualidade na área de atuação. As medidas implicam em aprimoramento na formação docente, bem como promover a excelência acadêmica, a pesquisa e a extensão de alta qualidade e o fortalecimento da educação jurídica pública, nos cursos de Graduação e de Pós-Graduação.
Ao abrir os trabalhos, Celso Campilongo (diretor da FDUSP) destacou alguns eixos para dar andamento ao projeto. Destacou como importantes estabelecer interlocução com os reguladores mais ativos no ensino jurídico, como MEC, a OAB e as instituições que financiam a pesquisa. Assinalou que o Colégio é uma entidade que não pretende competir com nenhuma outra iniciativa, que é especificamente voltado para o ensino do Direito, e que busca estabelecer diálogo com as autoridades responsáveis pelo ensino jurídico no Brasil. “É importante que a voz das escolas públicas e gratuitas se faça presente, com força, e com posições articuladas e claras. Esse Colégio fará com que todos trabalhem de maneira conjunta”, afirmou.
Por sua vez, Nuno Coelho, diretor da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto da USP, ressaltou a necessidade de estabelecer iniciativas e processos permanentes, promovendo comitês temáticos para discutir questões essenciais ao aprimoramento do ensino. Questões essas comprometidas com os princípios Jurídicos, se estendendo à defesa do Estado de Direito, ao respeito das normas vigentes e da Constituição e com a redução de desigualdades.
Ana Elisa Bechara, vice-diretora da FDUSP, realçou o ineditismo de reunir representações das Universidades de todo o País, para o trabalho conjunto visando o aprimoramento do ensino superior. “Essa troca de ideias ajuda a enriquecer todo o mundo jurídico, utilizando-se das experiencias trazidas pelas próprias universidades”, disse.
Além da abertura e do fechamento, Bechara participou de painel em que se discutiu pontos fundamentais para a sociedade, como a paridade de gênero e as ações afirmativas dentro da Academia. “Quando a gente fala de ações afirmativas, temos também muitos desafios a lidar”, observou.
Durante os painéis foram apresentados dados, com diagnósticos da Educação, bem como necessidades de ampliação em investimentos, com destaques pela busca de melhorias nos rankings internacionais (que aferem a qualidade de todo o trabalho oferecido pelas Universidades). Entraram na discussão o aprender a lidar com as novas tecnologias e temas de desenvolvimento e com questões amplas sobre violência e ensino.
“Trata-se de iniciativa destinada a defender a universidade pública e gratuita na área do conhecimento jurídico em um período histórico em que ele se encontra na encruzilhada entre melhorar a qualidade dos cursos de Graduação e de Pós-Graduação e inovar em termos teóricos”, destacou José Eduardo Faria (DFD-FDUSP), um dos painelistas, que recebeu diversas manifestações de homenagens durante sua exposição. (confira artigo: https://encurtador.com.br/myRV1 )
Assista às exposições dos participantes: https://encurtador.com.br/buxG7
#fdusp #direitousp #fdrp #direito #universidades #educacao