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Busca do aprimoramento no ensino jurídico permeou painéis na Semana Pedagógica

Ao longo de três dias foram apresentadas pesquisas realizadas com antigos e atuais alunos e docentes, com temas como inclusão e pertencimento e as novidades tecnológicas

 

Edição: Kaco Bovi

 

Tema caro no cenário mundial, a inteligência artificial pautou as discussões no encerramento dos trabalhos da Semana Pedagógica (18 de abril). Ao longo de três dias, os trabalhos foram direcionados para a melhoria do ensino jurídico e trouxeram como recorte formas de aprimoramento do ensino na Faculdade de Direito da USP. Os painéis visaram ainda uma nova etapa de revisão do projeto pedagógico. Para cumprir a missão, foram realizadas pesquisas com antigos e atuais alunos e docentes.

Na quinta-feira (18), os dados foram apresentados pelo professor Juliano Maranhão, especialista em IA. Os debates foram realizados por Marina Fefferbaum e George Marmelstein (on-line). A mediação foi conduzida pelo professor Francisco Marino, responsável pela coordenação dos trabalhos apresentados nos debates.

 

Revisão do projeto pedagógico

Ao abrir os trabalhos do primeiro dia (16), a professora Nina Ranieri (presidente da Comissão de Graduação da FDUSP) explicou o funcionamento dos encontros. De acordo com ela, um dos focos é a revisão do Projeto Pedagógico (uma imposição já prevista na norma vigente). Para alcançar o objetivo, uma das etapas são pesquisas com ingressantes, docentes e egressos, cujo objetivo é entender as demandas de todos.

Na ocasião, Ana Carolina Venturini apresentou alguns dados sobre o perfil dos alunos, da percepção deles tanto do currículo quanto da grade curricular. Essa pesquisa foi desenvolvida com egressos de 2012 a 2022. Foram três meses de questionário aberto.

Os objetivos nos questionamentos aos egressos, por exemplo, foram avaliar a percepção sobre a mudança na grade de disciplinas; bem como mapear as trajetórias profissionais após a conclusão do curso e avaliar o impacto do curso na trajetória profissional.

A professora Susana Henriques da Costa, vice-presidente da Comissão de Graduação, tratou da pesquisa com os docentes. De acordo com ela, a iniciativa possibilitou aos docentes apresentarem suas demandas e falarem das questões dentro das salas de aula.

Para a vice-diretora, Ana Elisa Bechara, a renovação do projeto contribui muito com a formação e com o ambiente mais plural e mais responsivo. “Desde a criação, pensava-se na formação da sociedade. Quando analisamos a criação dos Cursos Jurídicos no Brasil, a ideia era formar os quadros políticos e pensar os problemas que a sociedade tinha”.”

 

Diversidade

“Inclusão e diversidade na sala de aula” permeou a segunda rodada da Semana Pedagógica da Faculdade de Direito da USP, com debates voltados para docentes, discentes e pós-graduandos. Coordenado pelo professor Francisco Marino, Direito Civil da FDUSP, o evento acontece no Auditório Ruy Barbosa Nogueira.

Compuseram a mesa, a professora Sheila Cerezetti, que apresentou a pesquisa realizada com os ingressantes na Faculdade; Aluísio Segurado, Pró-reitor de Graduação da USP, Miriam Debieux Rosa, pró-Reitora adjunta da Comissão de Inclusão e Pertencimento da USP; e o docente Carlos Portugal Gouvêa, que mediou os trabalhos.

Para Sheila Cerezetti, levantamentos conjuntos entre docentes, discentes e funcionários da Faculdade são fundamentais para caminhar rumo à construção de uma Faculdade muito melhor e mais inclusiva. “Essas pesquisas refletem a consciência dessa unidade, especialmente pelo fato de termos uma sociedade em transformação. Assim torna a FDUSP uma instituição muito mais atenta às suas responsabilidades sociais”, disse.

Ela acrescentou que nos últimos anos o tema é central na Faculdade, havendo diversas iniciativas estruturais em prol da diversidade e da inclusão. “Medidas que são tomadas no âmbito do corpo discente; mas também no âmbito estrutural, físico da faculdade e institucional”, assinalou, ao incluir exemplos como a criação da Ouvidoria e da Ouvidoria de Gênero; bem como de Comissões de Pertencimento. “Eu, as professoras Nina Ranieri e Júlia Lenzi e o docente Flávio Batista conduzimos essa pesquisa, com aqueles que ingressaram no ano passado (2023)”, informou.

Aluísio Segurado, por sua vez, tratou de dados gerais. Conforme explicou, nos últimos anos tem havido uma mudança do perfil dos ingressantes, deixando de haver predominação quase que exclusiva de alunos autodeclarados brancos. Outro ponto está na análise do tipo de escola cursada no ensino médio, onde ocorreu uma virada nos últimos anos. “Em 2014, o predomínio era quase que exclusivo de escolas particulares e, depois, houve uma virada com os dados que coincidem com os apresentados pela professora Sheila”, afirmou. Outro ponto por ele tratado tem como base dados de 2024. “Neste ano incorporamos o Provão Paulista Seriado”, assinalou.

Miriam Debieux ressaltou que atualmente a universidade é um dos lugares em que a mais acontecem a convivência entre classe sociais diversas e questões de gênero e de relações raciais. “É um desafio num país marcado por diferenças e desigualdades de classes”, disse.

Portugal Gouvêa citou algumas iniciativas que são trazidas pelos alunos para o engrandecimento do ensino.

Por fim, o diretor da FDUSP, professor Celso Campilongo, falou sobre alguns dos temas levantados – a questão da permanência, do espaço acolhedor, do espaço para maior integração dos alunos com a estrutura universitária. “Muitos problemas poderão ser resolvidos com integração do novo Prédio”, disse, referindo-se ao edifício da Fecap, cuja transferência à FDUSP foi formalizada no mesmo dia (17/04).

 

Inteligência Artificial

O professor Franciso Marino, coordenador da Semana Pedagógica, iniciou os trabalhos da última rodada (18/04) destacando que a diretoria instituiu uma comissão para fomentar o estudo e recomendações de governança na FDUSP sobre inteligência artificial generativa. A iniciativa levou a elaboração de pesquisa sobre a questão.

Entre os temas desenvolvidos na pesquisa, o ChatGPT esteve em evidência. Maranhão destacou como ponto de preocupação nas respostas que foram enviadas a falta de confiança nos textos. “O GPT, quando a gente lida com uma área de conhecimento ele erra bastante, o que é um bom fator. Significa que eles vão olhar, revisar o texto”, disse. Para ele, o próprio aluno se sente inseguro em utilizar o sistema.

Nessa direção, outra preocupação apontada é o fato de não ter um parâmetro sobre o que se pode e como pode ser usado o ChatGPT na Faculdade. O docente pontou como questão primordial que a ferramenta seja utilizada com transparência e diversidade.

Por sua vez, Marina falou sobre as ferramentas utilizadas no dia a dia, como tutores inteligentes. Para ela, as “Já vi vários professores montando seu chatbot personalizado, seu assistente, a partir do GPT e das suas aulas para ser um apoio para perguntas e repostas dos alunos e alunas”, disse. De acordo com ela, já é uma realidade muito presente nas universidades e tem princípios éticos para uso da IA na educação. “Estamos em um momento que vamos regular a IA”.”

Marmelstein ressaltou o fato de ele Juliano Maranhão serem do grupo de trabalho que estão montando para tentar regular a IA no Poder Judiciário. “Acredito que estamos vivendo uma das grandes revoluções da humanidade, equiparável ao próprio surgimento da Internet, que a IA generativa; sobretudo o ChatGPT 4, que surgiu em março de 2023”, assinalou.

“São ferramentas tão novas, com tantas possibilidades e tão difícil de serem entendidas que nem os seus desenvolvedores sabem utilizá-las corretamente ou têm consciência de todas as potencialidades e limitações”, acrescentou.

 

Os painéis podem ser conferidos no canal do YouTube da FDUSP. Assista, discuta, compartilhe: https://www.youtube.com/@FaculdadedeDireitodaUSP

 

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