O processo de revitalização do Centro de São Paulo e a aquisição do Prédio da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), para instalações da Faculdade de Direito da USP, que também faz parte da do projeto de ampliar a circulação de pessoas em todos os horários na região central, foram destacados pelo diretor da FDUSP, Celso Campilongo; e o secretário estadual de Projetos Estratégicos, Guilherme Afif Domingos.
Em entrevista à Roxane Ré, jornalista-âncora da Rádio USP, ambos trataram da doação do Prédio que também fica no Largo de São Francisco, ao lado da FDUSP; que será usado para funcionamento de cursos de extensão, pós-graduação e centro de estudos jurídicos; bem como da estratégia de governo para tornar a iniciativa viável.
Sobre o edifício histórico de 1908, sendo mais antigo do que o prédio da FD, que é de 1934 (apesar de a faculdade ter sido instalada em 1827, no mesmo local, mas em edifício que acabou dando lugar ao atual), Domingos explicou que, mesmo com disponibilidade de cessão do prédio por parte da Fecap, uma cláusula proibia a sua venda e, por isso, foi necessária a interferência do Estado na sua desapropriação e passagem para a USP.
Por sua vez, Campilongo realçou que a incorporação do prédio resolve vários problemas da FDUSP, que enfrenta carência de espaços, especialmente para os cursos de pós-graduação e permanência dos estudantes da graduação. “Hoje, 50% dos alunos da USP, consequentemente também da Faculdade de Direito, são cotistas e muitos passam o dia inteiro na faculdade. Termos esse espaço dará muito mais conforto a eles”.”
Com aproximadamente 4 mil metros quadrados e mais de 20 salas de aula, o local possibilitará a criação de espaços que ajudem os estudantes a permanecerem na faculdade por períodos mais longos, inclusive com vida noturna, por meio de cursos no período da noite e maior circulação de pessoas. Nessa direção essas expansões podem ser importantes também para a criação de hotéis-residência, que seriam utilizados na habitação de estudantes no campus.
Sobre o Centro, o diretor da SanFran acrescenta que o projeto valoriza o Largo de São Francisco e a Região, bem como reforça a sua história. De acordo com ele, A FDUSP já é um ponto turístico e poderia ser muito mais bem explorado no futuro do que tem sido, com diversos prédios, aumento do campus e criação ou reabertura de símbolos do centro, como o tradicional restaurante Itamarati.
Por sua vez, Domingos ressalta que mais de R$ 7 bilhões serão investidos na revitalização do Centro, para poder atrair as pessoas novamente para a Região. O secretário acredita que essas iniciativas vão influir, inclusive, na segurança, às vezes os próprios estudantes, à noite, têm medo da circulação. Então, esse trabalho é uma intervenção urbana e humana, nós precisamos ter vida 24 horas por dia no centro”.
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