Pela FDUSP estiveram os professores Ronaldo Porto Macedo e Eunice Nunes e o antigo aluno Gustavo Ungaro, que preside a Comissão de Direitos Humanos da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP
Edição: Kaco Bovi
Emoção e compromisso na defesa da pessoa humana permearam a entrega do “Prêmio USP de Direitos Humanos – Dr. José Gregori” (06/12), na Sala do Conselho Universitário da USP. Na presença do reitor, Carlos Gilberto Carlotti Jr., e da vice-reitora, Maria Arminda Arruda, os prêmios foram entregues para o Instituto Marielle Franco, representado por Antônio Francisco da Silva Neto, na categoria institucional e Catarina Delfino dos Santos (Kunhã Nimbopuruá) na categoria individual.
A Faculdade de Direito da USP foi representada pelos professores Ronaldo Porto Macedo Jr. (que representou o diretor Celso Campilongo) e Eunice Prudente (Direitos Humanos da FDUSP); pelo antigo aluno Gustavo Ungaro, que preside a Comissão de Direitos Humanos da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento da USP, responsável pela premiação.
Maria Arminda ressaltou que o prêmio é um reconhecimento dos feitos e da importância de instituições e de pessoas na defesa de direitos humanos. “Tem esse nome tão significativo e tão marcante dessa figura pública que foi José Gregório, uma pessoa que passou a vida defendendo os direitos humanos e com uma integridade impressionante”, disse. Conforme assinalou, Gregori nunca abriu mão dessa defesa. “Tive o privilégio de conviver com ele, com Maria Estela Gregori e a Bibia Gregori, filhas do dr. José Gregori. Tenho, para mim que, quando figuras com o José Gregori, ficam numa história tão fundamental que é dos direitos humanos, essas pessoas são excepcionais”, acrescentou.
Carlotti parabenizou os premiados e saudou os presentes. “Eu me lembro quando assumimos a Reitoria e fomos à casa do professor Gregori. Fomos conversar sobre a recolocação da USP na condição de criar uma Pró-Reitoria em defesa dos direitos humanos. Fomos escutá-lo e ele concordou com a nova postura, e nos apoiou”. Carlotti acrescentou o significado de todo trabalho que Gregori fez para que os direitos humanos fossem respeitados em momentos difíceis no país, como no enfrentamento à Ditadura.
Ungaro ressaltou a alegria da Comissão de Direitos Humanos da USP pela premiação, iniciada no ano 2000 e já recebida por Zilda Arns, Drauzio Varella, Abdias do Nascimento e o padre Júlio Lancelotti, dentre outros defensores dos direitos de todos. Explicou como foi feita a seleção dos homenageados deste ano, por meio de consultas a entidades da sociedade civil e a colegiados das diversas Faculdades integrantes da USP.
E ressaltou que o cenário atual da vida nacional revelou a existência do vírus golpista em gravíssimo grau de contágio e disseminação (pelo governo anterior), alimentado pela cultura autoritária e discriminatória, vociferada por históricos algozes dos direitos humanos. “Urge frear essa contaminação ameaçadora da vida em sociedade, com a vacina dos direitos humanos, como diria o dr. José Gregori, para difundir a cultura do respeito às pessoas e do fortalecimento das instituições democráticas e republicanas, a serviço da cidadania”, afirmou.
Ao reiterar seu compromisso com os direitos Humanos, Eunice Prudente ressaltou que José Gregori, falecido em 2023, foi uma referência na defesa da Democracia e dos Direitos Humanos e um dos fundadores da Comissão Arns, grupo que monitora violações aos direitos humanos no país.
A mesa foi composta pelos homenageados e representantes, e por Renato Simbalista, diretor de DH da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento, e Ana Lucia Lana, Pró-Reitora de Inclusão e Pertencimento.
Confira transmissão do evento: https://www.youtube.com/watch?v=8NdaMv5Ak5o&t=2957s
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