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A diversidade e o cuidado humano marcam inauguração da Sala de Apoio à Amamentação e de Regulação Sensorial

Com portas abertas no Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, o espaço busca promover a valorização das diversidades e a satisfação emocional e cognitiva

 

Edição: Kaco Bovi

 

O Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo (02/04) estabelecido em 2007 pelas Nações Unidas, cujo objetivo é aumentar o esclarecimento acerca dos aspectos do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), foi marcado por um momento especial na Faculdade de Direito da USP. A instituição inaugurou a Sala de Apoio à Amamentação e de Regulação Sensorial, localizada no 3º andar do Prédio Histórico. O espaço busca promover a valorização das diversidades e a satisfação emocional e cognitiva, por isso, a escolha da data.

Para falar sobre o dia e da importância de viabilizar esses espaços, compuseram a mesa os diretores da FDUSP, Celso Campilongo e Ana Elisa Bechara, a secretária municipal da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco; a diretora da Spider, Michele Gabriel de Melo; e Silvano Furtado, vice-presidente da Associação Nacional para Inclusão de Pessoas Autistas e aluno da FDUSP.

Observados por alunos, funcionários e os docentes Fernando Facury Scaff e Helena Regina da Costa, e demais presentes, eles destacaram o significado do espaço.

Campilongo realçou o momento importante para a Faculdade na inauguração da sala, uma das pouquíssimas (se não for a única) disponível em universidades brasileiras e, particularmente, em Faculdades de Direito. “Ela pode ser vista como um marco para própria história do Direito”, disse. “Queria agradecer a todos que contribuíram para a realização dessa conquista. Enxergamos a importância do tema para sociedade”.”

Ana Elisa assinalou que somente por meio do respeito e da valorização da diversidade é possível desenvolver talentos. “Essa é a importância do enriquecimento da própria universidade”, disse. “A gente tem de fornecer condições para que toda a comunidade acadêmica possa se desenvolver. E isso só acontece quando a gente consegue enxergar isso. Se a gente não tem esse ambiente de diversidade, não tem pertencimento”, adicionou.

A dirigente acrescentou que não se consegue proporcionar espaços como o recém-inaugurado sem os esforços mútuos. E que é preciso ampliar o diálogo e, sobretudo, ouvir as necessidades de todos. “Os grandes méritos dessas conquistas são das alunas e dos alunos, que nos ajudam a abrir os olhos”, afirmou, agradecendo o empenho de Silvano para tornar possível essas conquistas.

Por fim, ressaltou: “Conheçam e usem muito o espaço que é de todos”.

Em sua fala, Silvano recordou de quando foi diagnosticado com autismo. “Lembro, em 2019, segundo ano de minha graduação, encontrei uma professora e a conversa iniciou de uma forma que me deixou impactado. Ela me perguntou o que havia acontecido, pois era o melhor aluno e já não estava mais correspondendo. Ao final daquele ano, recebi o diagnóstico e descobri que é muito difícil reconhecer que o problema não está em você está no sistema.”

Afirmou ainda que desafiar as estruturas era muito difícil e continua sendo. E conviver com a diversidade gera benefícios. “Essa convivência não apenas demonstra uma abertura. É também o motor para o progresso”, disse. “Estar aberto à diversidade é demonstrar estar aberto à evolução e ao crescimento de forma global”, finalizou.

Emocionada, Michele aproveitou para contar como o autismo entrou em sua vida e na vida de seu marido e sócio. “Quando começamos essa empresa foi para ajudar uma terapeuta ocupacional. A partir daí, foram vários os fatos”.”

Ela aproveitou para contar um fato ocorrido em uma visita a uma casa, em Minas Gerais, onde foram fazer doação. “Era um menino deficiente visual e auditivo, além do autismo. Quando fizemos a instalação ele estava em crise e mãe disse que não iria apresentá-lo pois não sabia com seria a reação dele. De repente, ele saiu, veio do nosso lado e me abraçou”, contou. “Doamos esses recursos com muita felicidade. Esse modelo pode ser utilizado em vários lugares, foi validado por especialista e, o mais importante, foi validado pelos próprio autistas.”

“É muito mais fácil de lembrar da mãe narradora que narrou para o seu filho Jogos do Palmeiras e que ganhamos o prêmio da Fifa”, abriu sua fala a secretária Silvia, mãe de Nickollas, autista e deficiente visual. De acordo com ela, cada vez mais é importante levar para dentro dos espaços essa questão do cuidar, deste olhar de acolhimento, deste olhar de respeito. “Muitas vezes eu sinto isso na pele com o meu filho, quando chega no banco escolar, muitas pessoas, até professores, não estão preparadas para recebê-los. E aí o que eles utilizam? A pedagogia do amor”.”

Silvia falou ainda do local que está sendo construído pelo munícipio, com 5 mil metros quadrados, com espaços elaborados para o atendimento, priorizando jovens, adultos e idosos. “Nesses 5 mil metros quadrados nós vamos trabalhar os eixos da arte, do esporte, trabalho-empreendedorismo, atividades da vida diária e cursos de formação”, disse.

Sobre a sala da faculdade, ressaltou: “Nós precisamos seguir bons exemplos, esse é um bom exemplo que a Universidade está fazendo nesta manhã, no dia 2 de abril, dia mundial de conscientização do autismo”.

 

O espaço

Dividido em dois lados distintos, o local foi concebido como um ambiente acolhedor e seguro, oferecendo recursos cuidadosamente selecionados para proporcionar conforto e apoio para alunas(os), funcionárias(os) e docentes.

Em um dos lados estão todos os equipamentos para estudantes com TEA, que foram doados pela empresa Spider P&E. No outro, foram instaladas poltronas para amamentação, fraldário, forno micro-ondas e uma cama de consultório médico, para primeiros socorros, entre outros materiais.

 

Dia Mundial

O Dia Mundial busca promover conhecimento sobre o espectro autista, bem como sobre as necessidades e os direitos das pessoas autistas. O autismo é um transtorno neurodesenvolvimento que pode caracterizar desenvolvimento atípico, manifestações comportamentais, déficits na comunicação e na interação social.

Pessoas autistas enfrentam barreiras em vários setores da sociedade é importante que possam ter acesso aos cuidados para seu bem-estar, bem como informações personalizadas, orientação e apoio para superar os obstáculos.

A “Cor” tema da campanha 2024 busca derrubar o estereótipo de que indivíduos autistas levam vidas restritas e desprovidas de dinamismo.

 

Assista transmissão, compartilhe: https://encurtador.com.br/uFHZ9

 

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