Ações conjuntas para melhorar a segurança no entorno da região central de São Paulo tem crescido neste início de 2022, especialmente por conta da retomada das atividades presenciais, com arrefecimento da pandemia de covid-19. Essas discussões, no entanto, não se restringem à segurança. Outras discussões ganham relevância quando se tratam dos problemas no Marco Zero da capital paulista. Nesta escopo está o aumento no número de moradores de rua.
Para debater essas questões, o diretor da Faculdade de Direito da USP, Celso Fernandes Campilongo, recebeu integrantes da Comissão de Ação Social e Cidadania da Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo, presidida pelo advogado Aarão dos Santos Silva. “Aproveitamos para discutir temas cruciais neste momento, relativos ao policiamento, atendimento à população de rua, limpeza e iluminação públicas, moradia e revitalização do Centro Histórico”, comentou Campilongo.
O encontro soma-se a outros promovidos pela atual diretoria da FDUSP, especialmente visando à segurança dos estudantes, neste retorno. Campilongo e a vice-diretora, Ana Elisa Bechara, conversaram recentemente, com os comandantes do 7º Batalhão da Polícia Militar, responsáveis pelo policiamento na Região, com o Secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, General João Camilo Pires de Campos, e com o Subprefeito da Sé, Marcelo Vieira Salles, coronel da Reserva da Polícia Militar, entre outras autoridades.
O objetivo é organizar e promover ações que possam contribuir com a revitalização do Centro.
O diretor lembra que, além da FDUSP e da OAB-SP, outras instituições congregam de demandas comuns. Dentre os quais, Ministério Público, Defensoria Pública, AASP, Associação Comercial, sindicatos, representes religiosos, culturais e demais. Também, a própria Secretaria de Segurança, a Prefeitura e a Câmara Municipal.
População de rua
Os dados mais recentes sobre a população de rua apontam que famílias que perderam emprego durante a pandemia e não conseguem mais pagar aluguel estão recorrendo cada vez mais a moradia improvisada. O uso de barracas cresceu 3,3 vezes entre 2019 e 2021.
O aumento do número de famílias inteiras em situação de rua foi identificado pelo Censo da População em Situação de Rua da Prefeitura de São Paulo. As "moradias improvisadas" nas ruas cresceram 230%, ou 3,3 vezes, entre 2019 e 2021. Enquanto no recenseamento anterior havia 2.051 pontos abordados com barracas improvisadas, em 2021 foram computados 6.778 pontos. Os números autenticam a sensação de quem anda pelas ruas. As barracas tomaram conta da paisagem urbana.
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