Atividades prosseguem nessa sexta-feira, com novos depoimentos
O primeiro dia do seminário em homenagem ao professor José Eduardo Faria, Filosofia e Teoria Geral do Direito da Faculdade de Direito da USP, foi pautado por depoimentos emocionantes. Coordenado pelo professor Ronaldo Porto Macedo Júnior, em conjunto de João Vitor Penna e Silva e Cassiano Toledo Ribas, ambos doutorandos na instituição, o evento foi composta por três mesas, acompanhadas virtualmente pelo homenageado.
Professor Celso Campilongo (diretor da FDUSP) contou várias passagens, desde o tempo em conheceu Faria, ainda na Graduação. “A capacidade didática e o empenho do professor Faria nas suas aulas sempre o fizeram um professor de notoriedade e de características de grande professor”, disse, acrescentando que teve a honra de tê-lo como seu orientador no mestrado e no doutorado.
Loiane Verbicaro, professora de Filosofia da Universidade Federal do Pará, também contou relatos da convivência e os ensinamentos e discussões de tantos temas que ajudaram na sua formação. “Para mim, o professor faria é uma inspiração pela forma vibrante de dar aula, pela visão sempre ampla e ao mesmo tempo profunda de articular acontecimentos históricos, com direito, a filosofia, a sociologia e a economia”, disse.
A mesma linha foi seguida pela professora Luciana Reis, que incluiu questões do trabalho desenvolvido por Faria, citando textos dele, em que aborda temas sobre a formação nas questões políticas, econômicas e sociais.
Porto Macedo ressaltou marcas que foram deixadas para seu engrandecimento e acentuou o significado de o professor Faria ter sido seu orientador no doutoramento. “Tem sido meu colega e amigo, desde então. As dívidas são imensas. Para mim e para muitos que com ele tiveram contato, o professor Faria sempre abriu espaços, abriu janelas, informou de oportunidades”, afirmou.
Várias áreas
Compuseram a segunda mesa os professores Rafael Mafei, Orlando Villas Boas, Denise Viltale e Bianca Tavorali. Os debates foram conduzidos por João Vitor Penna. “Nas aulas dele, a gente conseguia olhar o Direito, olhar o mundo em que vivia, ler no jornal alguma coisa que tivesse acontecido e falar ‘entendi’. Para os problemas mais difíceis, as aulas dele simplificavam o contexto”, disse Mafei.
Na sequência, Denise, professora na Federal da Bahia, falou sobre interdisciplinaridade. Villas Boas citou o forte acento da ótica do professor Faria em várias áreas. Dentre as quais a constituição de novas dinâmicas regulatórias de correntes de policentrismo decisório de uma sociedade globalizada. E Tavolari fez uma conexão com o livro “Justiça e conflito”, para apresentar a discussão do quanto a dogmática é importante para entender os conflitos.
Em uma intervenção, Faria (que fará suas observações nesta sexta-feira) fez menções sobre sua carreira na FDUSP e em outras instituições, como CNPq e como jornalista no Grupo Estado.
Joaquim Falcão falou das ações de políticas públicas, dos regimes governamentais. “O Estado é uma oportunidade. Não é algo homogêneo”. Alertou sobre fatos sociais, como a falta de moradias e outras questões, para uma sociedade mais participativa.
A programação continua nesta sexta-feira (08/12), a partir das 14h, no Auditório Rubino de Oliveria, com os professores Jean Paul Rocha, Rafael Diniz Pucci e Diogo Coutinho; Lucas Fucci Amato, Alberto do Amaral Júnior, Antonio Maués e Ester Gammardella Rizzi. O encerramento terá fala do homenageado: José Eduardo Faria.
Assista a transmissão do primeiro dia. Discuta, compartilhe: https://www.youtube.com/watch?v=PGpxYBQSzpA
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