O docente é coordenador do projeto de restauro da Sala de Consulta e destaca a importância para a sociedade dessa bicentenária biblioteca
A paixão do professor Maurício Zanoide (coordenador do projeto de restauro da Sala de Consulta) pela Biblioteca da Faculdade de Direito da USP está presente em sua história desde os tempos de estudante, passando pela pós-graduação até a docência.
O docente é um dos principais incentivadores da preservação da memória desta que completa, neste 24 de abril de 2025, duzentos anos de instalação. Para ele, é neste ambiente que está a essência da formação em Direito.
Em entrevista ao portal da FDUSP, Zanoide conta um pouco deste amor e do comprometimento com a primeira Biblioteca da Província de São Paulo. Fala dos projetos em andamento e da posição altruísta que envolve todas as pessoas comprometidas com a Academia.
De acordo com ele, a biblioteca é uma continuidade de ideias e de diretrizes que os professores, desde o primeiro momento, desde o primeiro diretor, desde o primeiro bibliotecário, têm colocado suas vidas e seus trabalhos em prol da melhoria da vida do cidadão.
“Aqui é o repositório autêntico real, físico e mutável de uma série de pensamentos e de uma série de colaborações para que as pessoas consigam ver que o Direito precisa ser feito para o ser humano”, diz.
De acordo com o docente, esta comemoração é o marco da história da cidade e do Estado de São Paulo. Sobre a questão do altruísmo, acrescenta que essa entrega tem de continuar por todos. “É a doação pelo bem comum; é a doação para fazer o bem sem ver ou sem pensar a quem é. É um pouco da vida que se dá”, afirmou.
Durante a conversa, falou ainda da importância do acervo, que data do século XVI, de sua preservação e, lógico, do processo de digitalização.
“A manutenção desse acervo para a plataforma digital, com acesso a inteligência artificial, pode ajudar muito. Pode fazer com que aquilo que é hoje fisicamente necessário que seja transportado para esse mundo digital. É preciso, no entanto, fazer uma boa escolha de qual a melhor digitalização, sabendo que tem de haver acesso por meio de inteligência artificial”, acrescentou.
Por fim, assinalou: “É preciso que pensassem em tudo que essa faculdade já produziu e proporcionou de bem comum. No futuro, eu vejo uma Biblioteca tão bonita quanto essa, em que todas as pessoas que entram aqui se vejam maravilhadas pelo acervo”.
Assista, reverbere: https://www.youtube.com/watch?v=Gfa34DBzTDY
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