A coleção de obras dos autores da Semana de 22 na Biblioteca da Faculdade de Direito da USP é tema central de mesa de debates que acontece no dia 27 de janeiro, às 14h00, com palestras do professor Celso Fernandes Campilongo, Departamento de Filosofia e Teoria Geral do Direito, vice-diretor e diretor eleito (2022), e a bibliotecária Maria Lúcia Beffa.
O encontro é organizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisa sobre Patrimônio Bibliográfico e Documental, composto por membros de diversas universidades do País, dentre as quais, a USP. Com mediação da professora Bernardina Freire, da Universidade Federal da Paraíba, o evento online será realizado por meio da plataforma ZOOM e terá emissão de certificado. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail gppbdocumento@gmail.com.
Na ocasião, Beffa irá falar da coleção de livros dos modernistas que existem na Biblioteca da FDUSP. Também irá apontar marcas, como dedicatórias, primeira edição, ilustrações e todo conteúdo referente à Semana.
Campilongo, por sua vez, irá abordar a relação dos participantes da Semana com a Faculdade de Direito da USP. Dentre os quais, Oswald de Andrade, formado em Direito no Largo São Francisco, Turma de 1919, foi um dos organizadores da Semana, tornando-se um dos grandes nomes do modernismo literário brasileiro.
A Semana de Arte Moderna reuniu pensadores da sociedade, entre os dias 11 e 18 de fevereiro de 1922, para rediscutir o país, em uma época cheia de turbulências políticas, sociais, econômicas e culturais.
Representou uma renovação de linguagem, na busca de experimentação, na liberdade criadora da ruptura com o passado e até corporal, pois a arte passou da vanguarda para o modernismo.
Marcou época ao apresentar novas ideias e conceitos artísticos, como a poesia por meio da declamação, que antes era só escrita; a música por meio de concertos, que antes só havia cantores sem acompanhamento de orquestras sinfônicas; e demais.
Ou seja, seu objetivo era renovar o ambiente artístico e cultural da cidade com "a demonstração do que há em nosso meio em escultura, arquitetura, música e literatura sob o ponto de vista rigorosamente atual", como informou o Correio Paulistano, órgão do partido governista paulista, em 29 de janeiro de 1922.