As Salas Barão de Ramalho e João Mendes Junior entraram em uso em 1935. Datam de 1934 os desenhos técnicos para seu mobiliário, assim como o orçamento apresentado para sua confecção, que podem ser encontrados no Arquivo da Faculdade. São três os desenhos: “cadeiras para anfiteatro”; “mesa-tribuna com três poltronas, a poltrona do centro mais alta”; lambri, com indicação da forma de colocação dos retratos, já então prevista.
No orçamento, as cadeiras são referidas como poltronas, o que nos levou a pensar, anteriormente, que as cadeiras em madeira pudessem não ter sido instaladas no momento inicial. Entretanto, foram encontradas fotografias que mostram as duas salas entre 1935 e 1937, montadas de acordo com os desenhos. Na Sala João Mendes Junior houve posteriormente – muitas décadas atrás – a substituição das cadeiras de madeira (ou seu revestimento?) por poltronas estofadas mas ainda não foi possível precisar em que momento isto se deu.
As salas de aula instaladas nos anos seguintes seguiram padrões semelhantes.
Mobiliário do século XIX
Três mesas bem mais antigas têm seus tampos recobertos por nomes de estudantes do século XIX, entalhados na madeira. Muitos desses estudantes ficaram depois famosos. As mesas assinadas já eram valorizadas como objetos históricos no início do século XX: em 1900, em suas crônicas sobre São Paulo, Alfredo Moreira Pinto observou: “Na sala do arquivo existem duas mesas antiquíssimas com muitos nomes de estudantes gravados a canivete. É uma relíquia, que deve ser conservada”.