O amor à Faculdade de Direito do Largo de São Francisco extrapola os bancos da Academia. Quem passa pela SanFran não carrega consigo apenas a excelência de ter estudado em uma das mais tracionais e importantes Faculdades de Direito do País, perto de completar 200 anos de criação.
Os laços estão acentuados nas mais diversas publicações. Há homenagens em livros, em artigos, em textos diversos.
Para além, as trovas acadêmicas registram parte de sua história. Ou seja, contos, poesias, poemas, letras, todas homenagens na direção de retratar o amor às Arcadas. Dentre as quais, “A heroica pancada”.
É na Faculdade, por exemplo, onde estão os primeiros sinais de democracia, de onde saem pensadores do Direito a contribuir para o Brasil.
Quando se sente bater
No peito heróica pancada,
Deixa-se a folha dobrada
Enquanto se vai morrer...
Não sei se é fato ou se é fita,
Não sei se é fita ou se é fato,
O fato é que ela me fita,
Me fita mesmo de fato.
A moça que eu namoro,
E que me quer muito bem,
Tem um sorriso que encanta,
Quinhentos contos também...
A moça disse p'ra outra:
- Com esse não me arrisco,
Pois ele estuda Direito
No Largo de São Francisco.
O amor de um estudante
Dura apenas meia hora,
Bate o sino, vai p'ra aula
Vêm as férias, vai-se embora.
Parece mentira parece
Mas é verdade patente,
Que a gente nunca se esquece
De quem se esquece da gente...
Eu vi um rio chorando
Quando te foste banhar.
Chorava o pobre regato
Por não poder te levar...
Quisera ser trepadeira
P'ra na parede subir
E vê-la todas manhãs
No seu quarto de vestir...
Muita espécie me causam
As tuas roupas ó prima,
São muito altas em baixo,
São muito baixas em cima.
Estava na beira da praia,
Comendo amendoim,
Veio o Ataliba e disse:
- O Estado é meio e não fim.
Onde é que mora a amizade,
Onde é que mora a alegria?
No Largo de São Francisco,
Na Velha Academia...
0 tempo que vai passando
Não passa na Faculdade,
Aqui sempre nos sentimos
Com vinte anos de idade!
Coloco nestas Arcadas
As cordas de meu violão,
O vento inventa a poesia
E o pátio vira canção!
O território que eu amo,
É o coração da cidade;
É livre como a esperança
E bom como a mocidade!
Quem entra na São Francisco
Tem mais amor à verdade,
Pois leva sempre no peito
A chama da liberdade!
Passou-se um século e meio
Cobriu-se o Largo de glória,
E a História da Faculdade
É a faculdade da História!
Memórias da São Francisco
Que eu canto com emoção,
E m cada canto do Largo
Eu largo meu coração!